17 de agosto, de 2017 | 09:56
De Ipatinga para a capital
Grupo de Dança Cigana Esmeralda participa de encontro mineiro gitano
A Companhia Esmeralda de Dança, de Ipatinga, vai representar o Vale do Aço no 2º Encontro Mineiro de Dança Gitana, que acontecerá em Belo Horizonte neste sábado (19), no Centro Cultural Padre Eustáquio.Além de apresentar três coreografias no encontro, a trupe vai participar de diversas oficinas que exploram a cultura gitana, como Dança Cigana Artística, Valorizando o Feminino; Zambra Gitana; Rumba Gitana e América Tribal Style.
A Cia. Esmeralda de Dança foi fundada há dois anos, e faz apresentações artísticas em eventos diversos. Participou do Festival de Verão promovido pelo Usicultura, em janeiro, com o espetáculo "Bandoleiros".
No dia 21 de outubro, às 20h, a Cia. Esmeralda de Dança irá estrear nos palcos o espetáculo "Sangre y Fuego". A primeira apresentação será no Teatro João Paulo II, no campus do Unileste, em Coronel Fabriciano.
O Grupo Esmeralda é formado pela professora Débora Santiago e as alunas Cleide Ribeiro, Creuzoni Ferreira, Glauce Penha, Iolanda Souza, Luzia de Rezende, Marilson Braga, Nancy Nogueira, Onair Zorzal, Paula Coelho e Samira Chaves.
Cultura
Os ciganos chegaram à região espanhola da Andaluzia no século XV, vindo do norte da Índia, da região do Sind (atual Paquistão), fugindo das guerras e dos invasores estrangeiros que incluíam Tamerlán, que era descendente do conquistador Gengis Khan.
Durante a inquisição católica, vários deles foram expulsos pelos tribunais do Santo Ofício. As tribos do Sind se mudaram então para o Egito e depois para a Checoslováquia, Rússia, Hungria, Polônia, Balcãs, Itália, França e Espanha. Seus nomes se latinizaram, de Sindel para Miguel, de András para André, de Pamuel para Manuel etc.
O primeiro documento data a entrada dos ciganos na Espanha em 1447. Esse grupo se intitulava "ruma calk" (que significa homem dos tempos) e falava o Caló (um dialeto indiano oriundo da região do Maharashtra).
Com os ciganos chegaram também a música, a dança, as palmas, as batidas dos pés e o ritmo quente do "flamenco", palavra de origem árabe formada por "felco" (camponês) e "mengu" (fugitivo) e que passou a ser sinônimo de "cigano andaluz” a partir do século XVIII.
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