16 de agosto, de 2017 | 17:04

Trabalhadores que morreram em acidente na Gerdau são sepultados

No total, dez trabalhadores sofreram queimaduras e lesões nas vias respiratórias, causadas pela inalação de fumaça tóxica

Divulgação
Entre os 10 feridos, seis estavam em estado graveEntre os 10 feridos, seis estavam em estado grave


Cristiano Rodrigues Marcelino, de 35 anos, funcionário da Convaço, uma empresa com sede em Ipatinga e que presta manutenção para a Gerdau, está entre os dois mortos na explosão na coqueria 2 da usina siderúrgica, ocorrida na manhã de terça-feira, em Ouro Branco. O corpo dele foi sepultado no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga, nesta quarta-feira, depois de ser velado no bairro Amaro Lanari, em Coronel Fabriciano, onde morava.

Cristiano era casado e deixa uma filha ainda criança. A informação foi divulgada por colegas de trabalho de Cristiano, na empresa, em mensagem enviada ao Diário do Aço. O outro morto era funcionário da Gerdau. Fernando Alves Peixoto, de 40 anos, natural de Conselheiro Lafaiete, também foi sepultado em sua terra natal nesta quarta-feira.

No total, dez trabalhadores sofreram queimaduras e lesões nas vias respiratórias, causadas pela inalação de fumaça tóxica. Entre os 10 feridos, seis estavam em estado grave e, por isso, foram encaminhados o Hospital João XXIII, Hospital Felício Rocho e unidade de saúde da Unimed. Os demais permanecem no Hospital Fundação Ouro Branco. A empresa determinou às unidades hospitalares que não divulguem os nomes dos trabalhadores internados. Dois que estavam na fundação, fora de perigo, receberam alta médica na tarde de quarta-feira.

Entre os feridos já identificados por colegas de trabalho estão o engenheiro Levindo Vista Carvalho Neto, de 60 anos, vítima de queimaduras graves e Sebastião Joselito Pereira Teixeira, morador do bairro Canaã, em Ipatinga. Ele também inalou gás. Ambos estão na UTI do Hospital João XXII.

O diretor administrativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco e Base (Sindob), Carlos José Ribeiro Cavalcante, informou que os trabalhadores realizavam uma manutenção na coqueria 2 da usina, quando houve a explosão. As causas ainda serão apuradas.

Esse foi o terceiro acidente fatal na Gerdau desde o fim de 2016. No dia 14 de novembro de 2016 dois trabalhadores morreram em uma explosão ocorrida na torre de combustão do gasômetro. Morreram na hora os ipatinguenses Douglas Eduardo Neto, de 24 anos e o primo, Allan Roger Prado, 23 anos. Ferido, José Cezar Miguel, de 51 anos, morreu no dia seguinte. Depois, dia 7 de dezembro, Leandro Rodrigues da Costa, de 28 anos, originário de Congonhas, morreu em um acidente no alto-forno 2.

Já publicado:
Dois mortos e dez feridos em explosão na Gerdau, em Ouro Branco

Nota oficial

Na tarde desta quarta-feira a Gerdau divulgou nota oficial em que cita, pela primeira vez os nomes das vítimas que morreram. Segue a íntegra da nota:

“A Gerdau confirma, com muito pesar, o falecimento do colaborador Fernando Alves Peixoto, 40 anos, e do prestador de serviços da empresa Convaço, Cristiano Rodrigo Marcelino, 35 anos, em razão do acidente ocorrido ontem, 15 de agosto, na área da coqueira 2, na usina em Ouro Branco (MG). O acidente envolveu 12 pessoas, sendo que duas vieram a óbito e as outras dez pessoas foram socorridas imediatamente e encaminhadas para o Hospital Fundação Ouro Branco (FOB). O quadro de saúde dos feridos é estável. Dois pacientes já receberam alta, seis foram transferidos para Belo Horizonte e dois permanecem no FOB. A Gerdau e a Convaço estão prestando assistência às famílias das vítimas e trabalhando para detectar as causas do acidente. O serviço de manutenção que estava sendo executado na Coqueria 2 está paralisado e as demais áreas estão em operação”.
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