16 de agosto, de 2017 | 13:35

Mineiro de 24 anos morre após atravessar fronteira do México com os EUA

Maycon é o quarto mineiro a morrer em decorrência da travessia ilegal da fronteira do México para os Estados Unidos neste ano

lbum pessoal
Maycon Douglas de Andrade Fernandes foi levado para o IML da cidade de LaredoMaycon Douglas de Andrade Fernandes foi levado para o IML da cidade de Laredo


O mineiro Maycon Douglas de Andrade Fernandes, de 24 anos, morreu na cidade de McAllen, no Texas, após atravessar a fronteira do México com os Estados Unidos. Sua família, em Conselheiro Pena, no Vale do Rio Doce, foi informada, no dia 14, sobre a morte do jovem. Maycon é o quarto mineiro a morrer em decorrência da travessia ilegal da fronteira do México para os Estados Unidos neste ano.

O último contato de Maycon com a família ocorreu no domingo (13). De acordo com relatos de um companheiro de viagem, durante a caminhada, após atravessarem a fronteira, ele passou mal, vomitou três vezes, seu estado de saúde piorou e ele morreu. O corpo foi levado para a perícia legista na cidade de Laredo, no estado do Texas, onde aguarda o traslado para o Brasil.

Outros casos
Em junho, um mineiro de 30 anos, morador de Teófilo Otoni, foi encontrado morto na fronteira dos dois países. Ele estava desaparecido desde abril. Em maio, Sidney da Silva, de 39 anos, morreu ao tentar a travessia ilegal para os EUA. Sidney foi identificado por causa do passaporte. O mineiro já havia morado em Boston e tentava voltar aos Estados Unidos, onde moravam sua mulher e a filha caçula.

No início de junho, Fabrício Santos da Silva, de 31 anos, natural de Guanhães, aparentemente morreu por afogamento na travessia do Rio Bravo, na fronteira entre o México e os Estados Unidos. O Corpo foi encontrado no povoado de Valência, município de Dias Ordaz, estado de Taumalipas.

Brasileiros desaparecidos nas Bahamas desde 2016
Outro caso que ganhou repercussão internacional, envolvendo imigrantes brasileiros, permanece desde 6 de novembro uma incógnita. Trata-se do desaparecimento de um grupo com 19 imigrantes, em Bahamas, rota alternativa da travessia clandestina para os Estados Unidos. A Polícia Federal já divulgou que tem provas seguras de que os brasileiros entraram no barco na data prevista para a travessia em direção à costa da Flórida. No grupo, há 12 brasileiros.

Segundo a chefe da Divisão de Direitos Humanos da PF, delegada Diana Calazans, uma postagem na página pessoal do Facebook de um dos imigrantes, no dia previsto para o embarque, foi georreferenciada no oceano, em local próximo aos tradicionais pontos de saída dos imigrantes ilegais. A informação foi dada em audiência pública realizada por uma comissão externa da Câmara dos Deputados, formada para investigar o desaparecimento dos brasileiros. Além de Diana, participou da audiência a delegada Sílvia Amélia Fonseca de Oliveira, coordenadora-geral de Cooperação Internacional da PF.

“Fizemos um pedido ao juiz de quebra dos sigilos telefônicos e tem algumas informações da estação de rádio-base do dia do desaparecimento. Então, temos estes dados que indicam que esses aparelhos foram utilizados até este dia e estavam georreferenciados em torres muito próximas ao litoral das Bahamas, do local de onde seria a saída do suposto barco”, explicou Diana. Embora esteja descartada a prisão dos imigrantes em algum lugar, a possibilidade de a embarcação ter afundado nunca foi descartada.


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