10 de agosto, de 2017 | 11:50
25 Anos da Pedra da Amizade
Solenidade nos jardins do Sindipa relembra o pioneiro Tikufu Ota
O Centro Cultural Internacional Tikufukai promoveu, na manhã de terça-feira (8), nos jardins do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga, uma solenidade em comemoração aos 25 anos da implantação da Pedra Monumental da Amizade Nipo-Brasileira, um símbolo da unidade e cooperação entre os povos brasileiro e japonês.Os convidados foram recepcionados pelos pioneiros Kikuko e Kenji Inoue e pela atual gestora da instituição em Ipatinga, Yoshiko Honda. O evento teve participação de alunos da Escola Municipal Padre Cícero de Castro, leitura de mensagem enviada pela presidente da Tikufukai no Japão, Kofu Nomura, e pronunciamento do presidente do Sindipa, Hélio Madalena.
O público também conheceu a lenda de Tanabata, que fala da tradição de enfeitar galhos de bambu com mensagens, e participou ativamente de uma oficina de caligrafia japonesa, ministrada por Yoshiko Honda.
História
No início de agosto de 1992, o professor Tikufu Ota veio ao Brasil pela última vez na vida, para um evento especial. Com a contribuição preciosa do Sindicato dos Metalúrgicos, que cedeu o espaço, e do empresário Durval Pinheiro, que fez a doação da rocha de granito, foi implantada nos jardins do Sindipa a Pedra Monumental da Amizade.
Tikufu era professor no Japão, e viveu os horrores da 2ª Grande Guerra e a devastação de Hiroshima e Nagasaki por duas bombas atômicas. Desde então dedicou a vida a educar as crianças através das culturas japonesas, em especial a Ikebana.
O amor às flores leva ao amor às pessoas, e por consequência, leva à paz no mundo”, passou a ser o lema do mestre japonês.
E assim nasceu o Centro Cultural Internacional Tikufukai, que nos anos seguintes ganhou adeptos em vários países do mundo, incluindo a Austrália e os Estados Unidos. Tifufu Ota vinha ao Brasil e à Ipatinga de dois em dois anos.
Em 1992, após a instalação da Pedra Monumental da Amizade nos jardins do Sindipa, ele deu sua missão por cumprida e faleceu, tendo sido sepultado no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga. Seu último ato de amizade ao Brasil foi entregar o próprio corpo à terra de Ipatinga, cidade que ele tanto amou, e onde seus ensinamentos ainda são perpetuados.
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