03 de agosto, de 2017 | 14:10

De 9 para 11 bilhões de valor de mercado

Os resultados do 3º trimestre da Usiminas repercutem na Bolsa de Valores

Divulgação
Os resultados financeiros apresentados pela Usiminas na semana passada – acima do que se esperava -, além das perspectivas de melhoria no setor, vêm impulsionando o valor dos seus papéis e, de quebra, os de uma das suas maiores acionistas, a CSN. Somente a Usiminas acumula alta de 4,16% em suas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa).

A Usiminas fechou o segundo trimestre com números bem auspiciosos e, entre outros indicadores, apresentou aumento de exportação. A empresa deve acelerar os investimentos no segundo semestre deste ano, a fim de atingir o montante previsto de R$ 250 a R$ 300 milhões, segundo Ronald Seckelman, vice-presidente de finanças e relações com investidores da companhia.

Na primeira metade de 2016, os investimentos somaram apenas R$ 57 milhões, sendo R$ 43 em siderurgia e, em nova fase, segundo o seu presidente, Sérgio Leite, a empresa estará focada no planejamento estratégico.

Clima
Os resultados apresentados pela Usiminas têm gerado uma alteração sensível no clima organizacional da siderúrgica. Fontes consultadas garantem que o ambiente sisudo observado meses atrás no escritório central da empresa já se transformou. A blindagem tão clamada pelos sócios italianos da Ternium à empresa tem se demonstrado eficiente, e com isso a equipe Usiminas foca nos seus problemas e metas, mantendo-se alheia aos conflitos acionários.

Ronaldo Seckelman, esse é “o cara”. Desde o terceiro trimestre do ano passado a Usiminas consegue obter Ebitda positivo, chegando a um valor acumulado em 12 meses superior a R$ 1,6 bilhão no fim de junho (isso sem considerar o acordo com o Porto Sudeste).

Em conversa com Ronaldo Seckelman, a quem considero um dos grandes responsáveis por essa “virada” que a empresa começou, recordamos o momento extremamente delicado que a empresa viveu no 1º semestre de 2016.

“Poucas pessoas no Vale do Aço tinham consciência de que o destino de todos estava seriamente comprometido com a iminente recuperação judicial ou até falência da Usiminas. O aporte dos sócios foi fator fundamental para a oxigenação financeira da empresa, mas a busca incessante pelo alcance das metas de performance operacional e financeira propostas permitiram, hoje, que a empresa possa ter objetivos mais audaciosos”, afirma Seckelman.

Outrossim, conseguir renegociar as dívidas com os bancos, antecipar pagamentos dos “bonds” e administrar a parcimônia dos bancos japoneses está entre os grandes feitos desse vice-presidente de finanças que, a continuar com essa performance, fará com que os “sheiks” do Paris Saint Germain o contratem para elaborar a engenharia financeira que, além tirar Neymar do Barcelona, possibilitará pagar seu milionário salário sem que com isso afete o “fairplay financeiro da UEFA”.

Preços
Além do aumento do volume de vendas, fator importante para os resultados alcançados pela empresa no segundo trimestre, a Usiminas deverá sentir no terceiro os reflexos do anuncio do aumento nos preços de laminados a quente, chapas grossas e galvanizados, para acompanhar a movimentação do mercado internacional e do câmbio. Em 21 de julho, foi implementado um reajuste de 10,28% na distribuição de laminados a quente. A partir de 10 de agosto, entra em vigor um outro aumento.

Mais boas notícias
Após alguns meses de análise por parte de seus conselheiros, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou esta semana a venda da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para a companhia ítalo-argentina Ternium. A operação foi fechada por 1,5 bilhão de euros, no fim de fevereiro passado, e possibilitou o aumento da participação da empresa italiana no mercado brasileiro.
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