01 de agosto, de 2017 | 17:41
Presidente da Usiminas destaca a nova fase da empresa
O presidente da Usiminas, Sergio Leite, acompanhado de executivos da empresa, faz, desde ontem, apresentação detalhada dos resultados da siderúrgica no segundo trimestre deste ano, considerados o melhor dos últimos anos. A série de encontros que terá com representantes da comunidade foi aberta na manhã dessa terça-feira, no Escritório Central da empresa, em Ipatinga, quando recebeu jornalistas e colunistas para uma apresentação, seguida de entrevistas. O CEO da Usiminas, Sergio Leite, estava acompanhado de César Bueno, assessor da presidência, Ronald Seckelmann, vice-presidente de finanças, Luís Márcio Ramos, diretor de Recursos Humanos e, Luiz Carlos Miranda, conselheiro.Conforme divulgado no dia 28 de julho, a Usiminas registrou lucro líquido de R$ 175,7 milhões no segundo trimestre de 2017, revertendo o prejuízo líquido de R$ 123 milhões no mesmo período do ano anterior. Na entrevista, Sergio Leite citou várias vezes que a Usiminas passa por uma nova fase, conforme comprovam os resultados ora alcançados.
Atualmente, acrescentou Sergio Leite, o mercado consumidor dos produtos da Usiminas divide-se em três segmentos fundamentais. Primeiro, o setor automotivo, que responde por um terço dos nossos negócios. O segundo é a indústria de transformação, que é toda a indústria, menos o primeiro segmento citado. O terceiro é o da distribuição. Desses três, o que representou resultado um pouco melhor foi o setor automotivo”, pontua.
Externo
Segundo o presidente, a Usiminas tem como desafio, no mercado internacional, o protecionismo econômico, em que os países blindam as indústrias nacionais da concorrência externa. O mundo possui hoje uma onda de protecionismo. Estamos trabalhando para reduzir isso e evitar chegar a uma situação em que cada um viva exclusivamente em seu mercado interno”, explica.
Conforme o presidente, a China é um dos países que mais pratica esse protecionismo econômico. É um país que representa cerca de 50% na produção e 50% no consumo, além de estar fortemente na exportação. Além disso, na China há centenas de empresas, sendo que a maioria é estatal. Então, o restante do mercado do mundo tem como competidor um estado, o que torna muito difícil as atividades econômicas”, destaca.
Estimativa
Sobre a quantidade de aço a ser produzida até o fim deste ano, pela Usiminas, o presidente preferiu não fazer estimativas, devido à instabilidade da economia brasileira. No entanto, em relação à Mineração Usiminas, o presidente projeta bons resultados para o próximo ano. Na Mineração Usiminas, estamos aumentando a produção e exportação. Vamos exportar esse ano ainda mais de 800 mil toneladas. Já no ano que vem, vamos exportar mais de três milhões de toneladas de minério de ferro”, detalha.
Instituto Aço Brasil
O executivo também avaliou sobre o anúncio do Instituto Aço Brasil, divulgado mês passado, que revisou a estimativa de vendas internas de aço neste ano, de alta de 1,3% para uma queda, no mesmo patamar, para 16,31 milhões de toneladas, em decorrência da crise no Brasil.
A Usiminas é atingida, sem dúvida, pelo mercado. No momento que o Instituto Aço Brasil constatou que o mercado não vai crescer tanto quanto nós previmos, vamos ter que trabalhar com importação e gerar um volume maior de vendas”, ressalta.
Nichos
Em relação à inserção em novos nichos de negócios, o presidente afirmou que a Usiminas tem como foco a venda por agregação de valor, buscando sempre desenvolver novos produtos. Estamos trabalhando com novos nichos de mercado como a energia eólica e estruturas de sustentação para coletores de energia solar. O impacto desses nichos é pequeno no início, mas ao longo do tempo são eles que vão garantir um futuro de negócios e de vendas”, salienta.
Poluição
Para o presidente, a questão ambiental é um fato importante para a Usiminas, que recebe críticas de moradores em relação à emissão de poluentes na região. As reclamações aumentam, em especial, no inverno, quando ocorre o fenômeno da inversão térmica e há uma menor dispersão de resíduos no ar. Questionado sobre os índices de emissão, o executivo explicou: A Usiminas faz um trabalho focado no cumprimento de toda a legislação e na constante melhoria dos nossos índices de controle ambiental. Estamos trabalhando fortemente com isso, e estamos cumprindo a legislação”, assegura.
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