10 de julho, de 2017 | 17:20

Criança com hidrocefalia precisa de ajuda em Santana do Paraíso

Paulo Ricardo dos Santos, de apenas um ano, conhecido como Paulinho, foi diagnosticado com essa doença quando completava sete meses no ventre da sua mãe

Reprodução/TV Cultura
Regiane Cristina dos Santos e seu filho, Paulo Ricardo, que nasceu com hidrocefalia    Regiane Cristina dos Santos e seu filho, Paulo Ricardo, que nasceu com hidrocefalia
A hidrocefalia, doença relacionada ao acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano dentro do crânio, leva ao inchaço cerebral. Paulo Ricardo dos Santos, de apenas um ano, conhecido como Paulinho, foi diagnosticado com essa doença quando completava sete meses no ventre da sua mãe, Regiane Cristina dos Santos, que mora em Santana do Paraíso.

Conforme Regiane, eles sobrevivem devido à ajuda de muitas pessoas que realizam doações, pois seu marido está desempregado há bastante tempo. Nessa circunstância, as doações garantem o sustento e ainda os cuidados com Paulinho. “Sempre tem alguém que nos ajuda e assim a gente vai vivendo. Em sua maioria, são pessoas de fora que ajudam, trazendo alguma coisa para nós. Precisamos muito de fralda, leite e roupinha de criança”, conta.

Segundo a mãe, o diagnóstico atestando que seu filho tinha hidrocefalia saiu na reta final da gravidez. “Eu fiz ultrassom quando eu estava no sétimo mês de gestação. Foi aí que os médicos descobriram a doença. Então, tive que dar à luz com sete meses, mesmo, e ele nasceu prematuramente”, ressalta.

A hidrocefalia de Paulinho é tratada por meio de uma válvula dentro do crânio da criança, que drena o líquido cefalorraquidiano, reduzindo a pressão intracraniana. A criança já passou por 10 cirurgias até hoje, conforme Regiane. ”Quando a válvula entope, a cabeça dele começa a crescer, ai tem que ir ao hospital e fazer outra cirurgia, para trocar a válvula ou para desentupi-la, senão a cabeça dele começa a crescer, aí ele fica muito enjoado e passa a vomitar”, detalha.

A mãe lembra que a prefeitura ajudava com medicamentos e outros materiais, mas Paulinho completou um ano e essa doação foi suspensa. “Eu estava recebendo o medicamento pela rede pública de saúde, mas agora eu que estou tendo que comprar. Eles davam fralda, leite e outras coisas, mas como ele completou um ano, aí não vão dar mais”, reitera.

Além do Paulinho, Regiane tem mais duas filhas, uma de três e outra de seis anos. Na casa, que ganhou do padrasto, ela mora com as crianças e o marido. Aos interessados em ajudar o Paulinho, o endereço da família é rua Trevo, número 50, bairro Águas Claras, Santana do Paraíso.

Prefeitura de Santana do Paraíso esclarece sobre atendimento a bebê com hidrocefalia

O caso de um bebê com hidrocefalia, publicado pelo Diário do Aço nesta terça-feira, despertou a atenção das pessoas para a necessidade de ajuda à família necessitada. A prefeitura de Santana do Paraíso enviou uma nota explicando que o Núcleo de Suporte Nutricional apontou, no dia 30 de maio deste ano, que Regiane Cristina, mãe de Paulo Ricardo Almeida Santos, o Paulinho, deveria comparecer com o filho para que fosse submetida a uma nova consulta médica pediátrica e atualização. A fórmula do alimento nutricional (suplemento) não estava adequada para o desenvolvimento da criança, mas em nenhum momento foi notificado à responsável que o alimento seria suspenso. “Foram entregues, no último dia 23 de junho, cinco latas da fórmula que a criança consome a cada mês e foi solicitada à mãe do menor que ela levasse a receita para que houvesse a atualização e avaliação da necessidade de suprimento, pelo município”, informa o governo.

Ainda conforme a nota, a família é assistida pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do território II, do bairro Industrial. O cadastro da família está atualizado. Constata-se que a mãe da criança participa ativamente das reuniões do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF) no bairro Águas Claras. “A criança tem o Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social, equivalente a um salário mínimo, destinado aos gastos necessários de Paulinho. O CRAS tem atendido a família com cestas básicas, continuamente, e em nenhum momento deixou de acompanhar o caso”, informa a administração municipal.

De acordo com a Lei Municipal 798/ de 2015 e com a resolução de 16/03/2016, a Secretaria de Assistência Social deve atender as crianças no período de 12 meses. Neste caso, a criança estava sendo atendida com fraldas. Completados os 12 meses, a responsável pela criança deverá procurar a Assistência Social de Saúde para continuar com o recebimento do material. A criança foi atendida com fraldas no último dia 28/06/2017. De acordo com a secretária de Assistência Social, Vaneza Pereira, todas essas informações foram repassadas a Regiane Cristina.

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