07 de julho, de 2017 | 15:53

Medo

Divulgação
Os jogos do Atlético na Libertadores da América retratam o medo que o time tem quando atua fora de casa, contra as equipes de outros países. Isto tem sido uma constante com o time, que ainda não se encontrou. E mesmo chegando ao meio da temporada, ninguém consegue entender como um time com um elenco qualificado não consegue superar adversários de potencial técnico bem inferior ao do grupo atleticano.

Após atuar três partidas em um bom nível, o time saiu para enfrentar o Jorge Wilstermann e foi um fiasco. E nem se pode dizer que houve uma apresentação de futebol. O time foi um desastre e virou presa fácil. E também não adianta reclamar do gramado, pois já virou desculpa esfarrapada e não cola mais. O campo é ruim para as duas equipes, e como treinou no local da partida, a equipe brasileira deveria encarar essa situação, em vez de usar isso como desculpa pelo péssimo futebol.

Um time com jogadores como Fred, Robinho, Elias, Rafael Moura e tantos outros, tem a obrigação de incomodar o goleiro adversário. O treinador Roger Machado continua preocupado em escalar primeiramente um time para evitar a derrota e, se possível, conquistar uma vitória magra. Parece que, até agora, estão todos dormindo sobre os louros da vitória diante do Cruzeiro no clássico de domingo.

Roger já teve várias oportunidades de escalar um meio-campo sem Rafael Carioca, e toda vez que ele esteve fora, o time se comportou muito bem. Sem nenhuma cerimônia, ele retorna com o jogador e o time se mostra vulnerável no setor. Para tentar dar mais equilíbrio ao meio-campo Robinho precisa sentar no banco de reservas, e ele deve dar oportunidade a Valdívia. É preciso mexer, mudar algum setor onde os jogadores tidos como “estrelas” da companhia atuam.

É preciso coragem, e isto não passa pela cabeça do treinador, iludido com a suposta capacidade de alguns jogadores capazes de fazer a diferença e arrancar uma vitória inesperada, tal como aconteceu na conquista de 2013. E isso pode até se repetir, mas no momento falta competência para tal. O time é apático, não tem poder de reação, e o treinador não tem coragem para tentar dar um ritmo diferente nas partidas. Desde o campeonato estadual o time vem mostrando total despreparo para vencer qualquer competição este ano.

BRASILEIRO
O Cruzeiro tem amanhã um confronto difícil pelo Campeonato Brasileiro, vai receber o Palmeiras no Mineirão num jogo que pode ser o divisor de águas para a permanência de Mano Menezes, principalmente pela pressão da torcida e os resultados dos últimos jogos.

O time paulista também trava um duelo com o Cruzeiro por uma vaga para a próxima fase da Copa do Brasil. Mano Menezes está numa encruzilhada e não vem agradando, mas também é preciso entender que o time não tem contribuído para buscar as vitórias, com uma defesa que não inspira confiança.

A diretoria buscou reformar o meio e o ataque, mas as articulações dentro de campo também têm sido frágeis. Após o jogo em São Paulo e a derrota no clássico, o time necessita da vitória para se estabilizar na tabela de classificação. Uma derrota colocaria o time em situação muito complicada, pois a comissão técnica tem apenas o apoio da diretoria.

Nesta história toda, o treinador é o menos culpado, mas, no Brasil, a política de manter treinadores só é garantida com resultados positivos. Qualquer tropeço, principalmente nos clássicos regionais, já é motivo para a torcida incentivar a diretoria a demitir o comandante, uma cultura que praticamente só existe aqui. Assim, uma derrota neste domingo poderá significar a substituição do treinador.

Já o Atlético estará no Engenhão, no Rio de Janeiro, buscando se consolidar após a vitória sobre o rival no clássico. Mas ainda é cedo para falar qual equipe Roger Machado irá escalar para tentar buscar a vitória diante da equipe carioca, que também vem pleiteando uma vaga para a próxima fase da Copa do Brasil, justamente contra o Galo.

Também não será um jogo fácil, pois o Botafogo vem fazendo uma boa temporada e, mesmo sem Montillo, que resolveu encerrar a carreira, o time já provou que tem um bom elenco e demonstra capacidade de reação em seus domínios.

USIPA
Neste sábado, as equipes sub-15 e sub-17 da Usipa estarão em campo, no Lanari Júnior, para enfrentar o Riachinho Esporte Clube, pelo Campeonato Mineiro da categoria, necessitando apenas de um empate para se classificar para o hexagonal final.

A categoria sub-15, treinada por Elder Euler, aposta na competividade de seus garotos, que está invicta há seis jogos, e acredita em mais uma vitória.

O treinador Welmo Moura da sub-17, reforça a determinação dos garotos e aposta na importância de arrancar uma nova vitória, para que o clube ainda tenha chances de classificação. Mesmo sendo uma decisão para a equipe ipatinguense, o treinador tem conversado com os atletas tentando convencê-los a manter a tranquilidade na hora da decisão, pois o nervosismo é comum nestas situações. Mas ele aposta também no fator campo, para que o time possa se superar e conseguir uma grande vitória.

As equipes ocupam a 2ª colocação nas duas categorias. O sub-15 tem 18 pontos ganhos, seguida do Villa Nova, com 16. Já o sub-17 tem 15 pontos ganhos, também seguido pelo Villa Nova, com 16. O Frigoarnaldo com 11 pontos e um jogo a menos. Portanto, é vencer hoje as duas partidas e continuar buscando a classificação para o hexagonal decisivo.

LEMBRANÇAS
José Geraldo “Caixote” foi um dos atletas talentosos do nosso futebol amador, com passagens por vários clubes. Destacou-se defendendo as cores do Jabaquara, jogando como meio campista. Tinha um talento raro com a bola nos pés e um toque refinado, e com certeza marcou sua passagem por um dos momentos mais bonitos do futebol ipatinguense e regional.

Contato com a coluna: [email protected].
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