04 de julho, de 2017 | 17:50
Show de Cazares
O clássico foi marcado pela qualidade técnica das duas equipes. O Cruzeiro foi muito superior até os 25 minutos do primeiro tempo, teve o domínio da partida, principalmente por ter um meio-campo com quatro jogadores. No entanto, Mano Menezes cometeu um erro: ele precisa entender que Rafael Sóbis é que tem que jogar à frente, com Tiago Neves saindo pelos lados, mas fica insistindo com um posicionamento errado de seu time.O treinador fez uma mudança com o time bem postado e vencendo a partida, ao adiantar os dois laterais que marcavam mal. Do outro lado, Roger Machado percebeu essa manobra, mudou e o Atlético cresceu em campo.
Elias teve mais liberdade para jogar, ao perceber que Diego Barbosa deixava a desejar. E foi só o Galo fazer suas jogadas nas costas do lateral para tudo melhorar. Primeiro com o empate, em cobrança de falta magistral de Cazares. Depois veio a carga sobre o lateral esquerdo, com Fred livre na pequena área, fazendo a virada ainda no primeiro tempo.
Os dois times têm enfrentado muitos problemas em seus setores defensivos. No Cruzeiro, Caicedo não inspira confiança, os dois laterais apoiam e marcam mal, e Léo não tem o equilíbrio para dar sustentação ao setor defensivo com as deficiências apresentadas pelo time celeste.
Pelo lado atleticano, Filipe Santana contundido não jogou e trouxe alívio para o setor. Léo Silva retornou, mas logo no começo da partida sentiu uma contusão. Roger Machado agiu com inteligência, como Matheus Mancini - da base - joga muito pelo lado esquerdo, e percebendo que o time celeste atacava muito pelo lado direito do Galo, colocou o também jovem Bremer e consertou a defesa.
O Atlético aproveitou estas oportunidades para marcar dois gols, utilizando o ataque pelo lado direito da equipe, soube explorar os momentos de dificuldade do time celeste, que após os 25 minutos ficou perdido em campo com o crescimento do Atlético. Com isto a vitória foi mais do que justa, e sem deixar margem a reclamação.
LIBERTADORES
Hoje a história é diferente, o Atlético está na Bolívia para enfrentar o Jorge Wilstermann, pela Taça Libertadores. É uma partida importante, pois o time precisa mostrar a qualidade que teve contra o Cruzeiro. E mesmo que não tenha o gabarito do time celeste, os bolivianos vão buscar um resultado positivo para ter tranquilidade no jogo de volta. Basta ao Atlético mostrar um bom desempenho para sair de lá com uma vitória.
Roger Machado deve manter praticamente o time da vitória sobre o Cruzeiro, à exceção dos jogadores não inscritos na competição.
PISTA DE ATLETISMO
A pista Juvenal dos Santos, na Usipa, é uma das principais pistas para a prática do atletismo em Minas Gerais, e desde a sua inauguração busca-se a colocação de um piso sintético para que ela se torne uma referência até mesmo em nível internacional.
Um exemplo que deveria ser seguido é a pista do Sesi, em Uberlândia, um centro de treinamento para vários atletas do país, que tem sido usada há vários anos e aumenta a performance dos atletas brasileiros.
O que falta para concretizar o sonho é a força política da nossa região, cujos representantes poderiam buscar recursos para investir no principal clube do interior de Minas Gerais.
Sildemar Estevão é um dos principais treinadores da modalidade no país e sonha com esta mudança, que poderia ser o início de um novo ciclo para o nosso atletismo.
GINÁSIO COBERTO
Quando da construção do ginásio Ely Amâncio, muitos sabiam que o local era impróprio para o equipamento, que fica no mesmo nível do ribeirão Ipanema. E com as constantes enchentes, o resultado não poderia ser diferente, com a invasão das águas danificando o piso do local. E foi o que aconteceu por duas vezes, até que os responsáveis resolveram não investir mais no piso flutuante de madeira e deixar apenas o piso de concreto no ginásio, que é adaptado para a disputa de várias modalidades.
Também por falta de força política, não temos em nossa região um ginásio decente para que sejam realizadas competições a nível internacional, e com isto, perdemos grandes competições para as cidades de Contagem, Betim e a capital do estado. Com algum esforço dos nossos políticos, seria possível dotar a cidade ou região de grandes projetos, para que sejam construídos e reformados vários espaços para a prática esportiva.
LEMBRANÇAS
Um dos clubes mais tradicionais do Vale do Aço, o Industrial Esporte Clube, foi fundado na década de 60, e foi campeão em 1966, 1968, 1978 e 1993, tendo vários jogadores usado as suas cores, com destaque para Paulinho e Babá.
Tendo a coruja com mascote, o Industrial também rende homenagens a um dos seus presidentes, Rubens Martins Guerra, personagem muito importante na consolidação do clube no bairro Bom Retiro, dando, com inteira justiça, seu nome ao estádio que utiliza.
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