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30 de junho, de 2017 | 12:19

Fazenda Macedônia recebe Jacutingas

Aves virão do Paraná para reforçar população em área da Cenibra

João Marcos Rosa/Divulgação ACS Cenibra
25 jacutingas serão soltas na área da Fazenda Macedônia25 jacutingas serão soltas na área da Fazenda Macedônia
Na segunda-feira (3), às 14h, na Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN Fazenda Macedônia, em Ipaba, será realizada a soltura de 25 casais de jacutingas provenientes do criadouro científico Guaratuba, sediado no estado do Paraná.

Estarão presentes o Diretor-Presidente da Cenibra, Naohiro Doi, o Diretor Industrial e Técnico, Róbinson Félix, o ator e ambientalista Victor Fasano (Criadouro Tropicus - RJ), Marcos Wasilewski (Criadouro Guaratuba - PR).

E também Roberto Motta de Avelar Azeredo e James Simpson (Crax Brasil), dentre outras autoridades e representantes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e de instituições ambientais.

A iniciativa é do pioneiro Projeto de Reintrodução de Aves Silvestres Ameaçadas de Extinção – Projeto Mutum. Por meio de um acordo de cooperação técnico-científica entre a Cenibra e a Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre (CRAX), firmado em 1990, o projeto é desenvolvido na RPPN Fazenda Macedônia.

Com cerca de 1.500 hectares de vegetação nativa, a Fazenda Macedônia é um dos principais remanescentes de Mata Atlântica do Estado.

Além do incremento populacional, a soltura dos 25 casais de jacutinga vai aumentar a variabilidade genética da população da espécie na Fazenda Macedônia, fundamental para a sua conservação. O projeto já soma 129 jacutingas reintroduzidas e um total de 36 filhotes nascidos em vida livre, registrados nas matas da Fazenda Macedônia.

Considerando as 7 espécies contempladas no Projeto Mutum até o momento, 419 aves já foram reintroduzidas ao habitat natural e 258 filhotes foram registrados em campo durante os monitoramentos.

Mas estima-se que este número seja maior, pelo fato das matas da Fazenda Macedônia serem conectadas a outras áreas preservadas pela Cenibra, o que possibilita a dispersão das aves para outras regiões.

O Projeto Mutum é um exemplo efetivo de que reintegrar espécies ameaçadas ao seu ecossistema natural é uma solução para prevenir a extinção.

A base do trabalho da CRAX está no seu Centro de Pesquisas em Contagem (MG), que abriga cerca de 2.500 aves de 100 diferentes espécies, onde é feito todo o trabalho de preparação e manejo adequado, de forma a proporcionar à ave uma maior facilidade de readaptação ao habitat natural, até seguirem para a RPPN Fazenda Macedônia, onde são reintroduzidas.

O projeto já permitiu a soltura do Mutum-do-sudeste (Crax blumembachii), Macuco (Tinamus solitarius), Capoeira (Odontophorus capueira), Jaó (Crypturellus noctivagus), Inhambuaçú (Crypturellus obsoletus), Jacuaçú (Penelope obscura bronzina) e Jacutinga (Aburria jacutinga).

A primeira espécie reintroduzida pelo projeto foi o Mutum-do-Sudeste (Crax blumenbachii), daí o nome do projeto. A reintrodução do primeiro grupo de Mutum-do-Sudeste na Fazenda Macedônia ocorreu em setembro de 1991, seguida da reintrodução do Macuco, em 1994, da Capuoeira, Inhambuaçú e Jacuaçú, em 1997, do Jaó-do-Sul em 2000 e da Jacutinga, em 2003.
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