23 de junho, de 2017 | 17:28

Medíocre

Divulgação
Se fizer uma pesquisa entre os torcedores atleticanos, a diretoria do clube irá concluir que a palavra MEDÍOCRE será a mais citada, e não há o que esconder. Pelo elenco que possui, pela qualidade dos jogadores e, principalmente, pelos salários que recebem, o time deveria estar em outra colocação no Campeonato Brasileiro, e não próximo à zona do rebaixamento. Não dá para acreditar que o time está focado na Copa do Brasil e na Taça Libertadores da América, pois pelo que apresentou até agora, o Galo poderá ser eliminado nesta fase das duas competições.

O treinador Roger Machado vive desviando os assuntos e não tem coragem de colocar as suas estrelas na reserva, começando pelo beque Filipe Santana, que é péssimo em todos os aspectos: colocação, recuperação de jogadas, cabeceio, sendo facilmente envolvido pelos atacantes de clubes medianos, como aconteceu nos jogos contra o Vitória da Bahia, Atlético Paranaense e o Sport Recife, no meio da semana. E mesmo tendo feito um gol, não se justificam as suas atuações até o momento na equipe atleticana.

O time sub-20, que venceu a Copa do Brasil, tem no elenco alguns jogadores que poderiam ter sido utilizados no Campeonato Mineiro, mas a tendência imediatista nestes casos é sempre ser campeão, e não montar o time para competições mais importantes. O que é lamentável, principalmente no caso do Atlético, que agora não tem reservas para Marcos Rocha, Fábio Santos e Léo Silva, e não tem um quarto zagueiro de qualidade, deixando o time bastante vulnerável neste setor.

POLÍTICA DE DESVALORIZAÇÃO
Quando alguns ministérios são criados no Brasil, a proposta é servir de cabide de emprego para os apoiadores políticos, e a cada troca de governo um novo apadrinhado assume o comando, deixando de lado a montagem de uma política séria para o bem da sociedade.

Em se tratando do esporte, a história não muda. Um estudo feito por especialistas confirma que o Ministério do Esporte e nada é a mesma coisa, é um órgão que repassa recursos e tem menos funcionários de uma empresa de médio porte.

Se não houver diálogo entre o esporte e a educação, os projetos não existem, pois é difícil ter uma política esportiva de base sem passar pelas escolas, sem valorizar os profissionais de educação física. E assim, o esporte no país vai perder o sentido.

Ao invés de investir na organização dos Jogos Olímpicos, se o governo tivesse investido o dinheiro em políticas de massificação do esporte, com objetivo de levar a população a praticar esportes, o país estaria em um nível diferente do que se encontra hoje.

O país poderia ter centro esportivos espalhados pelo Brasil inteiro, com professores de educação física competentes, bem remunerados e trabalhando com entusiasmo. Mas o que vemos hoje são alunos tendo pouco contato com o esporte, muitas escolas sem praças esportivas, e onde elas existem grande parte são meras quadras de cimento.

Os alunos acreditam que o esporte para elas é aquilo e não conseguem evoluir, porque falta condições adequadas e profissionais da educação física para ensinar.

É preciso discutir, sim, a reforma do ensino, mas é preciso colocar o esporte na grade curricular com a mesma intensidade e o mesmo peso de outras matérias, e não tratar o professor de educação física com um profissional de segunda categoria.

Em 2015, o censo escolar apontou que 65% das unidades públicas do Brasil não contavam com quadras esportivas, o que é um absurdo para um país que pensa em se tornar potência olímpica. Comprovadamente, as pesquisas mostram uma realidade: cada dólar que é investido em esporte pelos poderes públicos significa três dólares economizados na saúde.

Em outros países, os benefícios advindos do esporte são compartilhados com a família. Cada atleta que se destaca em alguma modalidade esportiva pode se candidatar a uma bolsa universitária, o que será um grande alívio financeiro para a família em seus estudos.

A política de esporte no Brasil é totalmente contrária de outras potências no esporte. Aqui há repasse de verbas para as Federações e Confederações, e nos outros países os investimentos são feitos em escolas e categorias de base de todas as modalidades, o que pode trazer um grande benefício para os jovens que estão iniciando a prática.

É preciso mudar a política brasileira de investimentos no esporte, iniciar nas escolas, valorizar os profissionais, trabalhar a base e fazer de forma adequada os investimentos para que a base seja o início de tudo. Se apostar apenas no esporte de alto rendimento, o que acontecerá quando estes atletas se aposentarem?

Vamos ter que reiniciar um trabalho a longo prazo, até que se surja um atleta de alto rendimento. Usando o dinheiro da forma correta, poderemos ter grandes estrelas no esporte brasileiro, mas isto ainda é uma utopia para o esporte do Brasil.

USIPA
A equipe Usiminas/Consul/Usipa vai disputar o campeonato AR-6 de voleibol neste fim de semana, na categoria sub-16 masculino. A equipe estreou ontem à noite diante do Minas Tênis, no ginásio em Belo Horizonte, e hoje pela manhã vai enfrentar o SADA/SESI/Contagem, voltando à quadra à tarde (15h) para enfrentar o Olympico Club. Fechando o circuito, o clube enfrenta no domingo o Beagá Esportes/COPM ao meio dia.

Depois disso a equipe irá disputar mais duas etapas, uma em julho e outra em setembro. Ao fim das três etapas, as quatro equipes que somarem o maior número de pontos estarão classificadas para a semifinal, que vai acontecer em outubro. A grande final será em novembro.

A equipe é muito forte, mas André Carvalho, um dos destaques do clube, afirma: “Participar da competição é uma experiência gratificante, estamos treinando forte e temos a expectativa de ter um bom desempenho. Vamos para cima deles para trazer grandes vitórias para a Usipa”.

LEMBRANÇAS
Quando se fala de cabeceadores do futebol amador de Ipatinga, não podemos esquecer de Paulo Boy, pelo Faixa Azul; Deca, pelo Jabaquara; e Kalico, pela Usipa, grandes e talentosos atacantes.

Contato com a coluna: [email protected].
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