
21 de junho, de 2017 | 17:26
Hospital José Maria Morais volta aos poucos
O Hospital Doutor José Maria Morais abriu as portas nesta quarta-feira (21) para reduzir o caos que a região enfrenta no atendimento hospitalar
A quarta-feira marcou a esperada reabertura do hospital José Maria Morais (antigo São Camilo), em Coronel Fabriciano, abriu as portas nesta quarta-feira (21) em um esforço para reduzir o caos que a região enfrenta no atendimento hospitalar. Estamos abrindo hoje, na parte clínica, para atender toda a população e, na parte trauma, assim que for chegando os outros pacientes, a gente vai melhorando o atendimento. Na próxima semana, o hospital já vai ter a parte da pediatria e vai contar com mais materiais básicos, como medicamentos”, afirma.Os médicos cirurgiões também já estão de sobreaviso, para serem convocados no caso de necessidade de algum procedimento cirúrgico.
O secretário lembra às pessoas que procuram o hospital nos casos de urgência e emergência, com o intuito de evitar lotações e filas de esperas no atendimento do hospital. A gente pede encarecidamente a toda população do Vale do Aço que a atenção primária deve ser feita nas unidades básicas de saúde para que os hospitais da região possam atender com uma melhor qualidade os casos de urgência e emergência”, ressalta.
Alvará
Conforme o secretário, o Estado de Minas Gerais fez um Termo de Ajuste e Conduta junto ao município de Coronel Fabriciano para adequar algumas normas até que o Alvará Sanitário fique pronto. Isso facilitou a gente abrir as portas, porque senão a gente teria que ficar esperando o alvará sanitário. Então, a gente assinou esse termo para abrir rápido e desafogar essa demanda de pacientes na região”, explica.
Gestão
O secretário informa que, por enquanto, a gestão do hospital é do município até sair o chamamento público. Todo o recurso financeiro utilizado na instituição tem origem no governo estadual. Além disso, ainda não está definido se a Beneficência Social Bom Samaritano, de Governador Valadares, vai assumir a gestão em caráter emergencial.
Estamos discutindo com os gestores para saber qual contrato que vai está mais em conta, por isso estamos avaliando com muito cuidado as alternativas”, afirma.
Médicos
O secretário de Saúde informa que o pagamento do salário dos médicos é discutido e uma solução deve ser encontrada o mais rápido possível, já que trabalham desde que a Sociedade Beneficente São Camilo saiu da gestão, deixando salários em atraso. A gente recebeu o termo de cessão pelo Estado - no dia primeiro de junho. Então, em relação ao período de maio, estamos discutindo com os médicos para ter uma negociação para saber como que vamos fazer para pagar. De junho para cá, o município, junto ao Governo de Estado, já está se organizando para fazer o pagamento” salienta.
Segundo o advogado do corpo clínico, Maicon Reis, ainda não foi feito um contrato com os médicos, que ainda estão discutindo com a administração do município a situação deles no hospital.
Paciente com fratura no pé aguarda atendimento
A dona de casa Dinete Ferreira, que fraturou o pé há quase um mês, espera que, a partir dessa reabertura, o hospital possa melhorar o atendimento e resolver sua situação. Quando eu quebrei o pé e vim para cá, fizeram o primeiro atendimento. Depois me mandaram retornar, mas quando retornei, o hospital estava fechado. Meu pé continua fraturado e tenho que fazer uma cirurgia ou colocar gesso. Já tem 15 dias que estou esperando para ser atendida. Agora que abriu, vamos ver se vão me atender, porque estou precisando mesmo”, desabafa.
Sindeess questiona sobre verdadeiros motivos da crise hospitalar na região
Na manhã dessa quarta-feira (21) o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindeess), Aguiar dos Santos, distribuía folhetos em frente ao Hospital José Maria Morais.
O sindicalista buscava informações sobre os acertos salariais dos servidores do hospital a partir do dia 9 de maio, quando findou o contrato com a Sociedade Beneficente São Camilo.
O sindicalista também defendeu a ampliação da discussão com a comunidade sobre os frequentes problemas na área da saúde, que ocorrem há alguns anos. Para o dirigente, é preciso entender o verdadeiro motivo desses problemas.
Estamos aqui hoje para saber como que vai ficar o atendimento a partir de agora, quem vai ser atendido? Porque temos casos de pessoas que chegam aqui e precisam se deslocar para Timóteo para ser atendidas. Então, tem que definir o público que vai ser atendido. Temos três cidades que estão sendo impactadas pelos hospitais de Coronel Fabriciano e Timóteo. Precisamos discutir essa situação dos hospitais e a possibilidade de um hospital regional 100% SUS. Estamos distribuindo folhetos hoje com históricos dos últimos 20 anos dos hospitais, para tentar entender o motivo desses problemas que sempre aparecem e o porquê ainda não foram resolvidos”, afirma.
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