19 de junho, de 2017 | 21:50

Prefeita e vice de João Monlevade são cassados pela Justiça Eleitoral

Juiz determinou realização de nova eleição no município, mas decisão será alvo de recurso no TRE-MG e políticos permanecerão no cargo até julgamento

Em decisão de primeira instância, a prefeita de João Monlevade, Simone Carvalho (PSDB), e seu vice, Fabricio Lopes (PMDB), tiveram seus mandatos cassados pela Justiça Eleitoral. Prefeito e vice podem recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG).
Cíntia Araújo - CMJM
O vice-refeito, Fabricio Lopes e a prefeita, Simone Carvalho anunciam recurso e avisam que permanecerão nos cargos O vice-refeito, Fabricio Lopes e a prefeita, Simone Carvalho anunciam recurso e avisam que permanecerão nos cargos


A decisão do juiz eleitoral Rodrigo Braga Ramos, foi publicada nesta segunda-feira (19). A ação que levou à cassação do prefeito e vice foi movida pelo Ministério Público contra a chapa vencedora da eleição de outubro de 2016, com o entendimento que os candidatos foram beneficiados em matérias e artigos assinados e publicados por um jornal local, configurando abuso de meio de comunicação durante as eleições.

O juiz determinou ainda a realização nova eleição para prefeito e vice no município de João Monlevade, e a inelegibilidade de Simone, de Fabrício e do proprietário, diretor e editor chefe do jornal O Celeste, Gilson Elói, por oito anos. A prefeita e o vice vão recorrer ao TRE-MG e continuam no cargo.

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O Ministério Público Eleitoral (MPE) representou contra a chapa eleita pela coligação “A Força do Povo” e contra o proprietário e editor do jornal O Celeste, Gilson Sérgio Elói. Segundo a denúncia, matérias e artigos assinados do jornal criticavam duramente o então candidato a prefeito Railton Franklin (PDT) e o teriam prejudicado nas eleições. O juiz se embasa, entre outros argumentos, na diferença de apenas 126 votos que levaram Simone à vitória.

Devido ao fato, o juiz eleitoral Rodrigo Barros Braga acatou denúncia do Ministério Público (MP) e expediu liminar cassando os registros de candidaturas de Simone e Fabrício, em dezembro do ano passado.

A decisão dele, que poderia impedir a diplomação dos eleitos, foi expedida dois dias antes da solenidade. Porém, a defesa conseguiu mandado de segurança no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que garantiu a diplomação e a posse, que ocorreu em 1º de janeiro.

No dia 31 de maio, a prefeita e o vice-prefeito compareceram à audiência de instrução e julgamento da AIJE, mas foram liberados pelo juiz Rodrigo Braga Ramos no Fórum Milton Campos. Os dois evitaram os jornalistas e não quiseram comentar o caso. (Com informações do Jornal A Notícia)
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Comentários

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Célio Cunha

20 de junho, 2017 | 13:55

“O rito processual esta corretíssimo, a chance de novas eleições, são de 99%, porem resta saber, se as provas do dito recorte de jornal, são de fato robustas, com possibilidades irrefutaveis, a ponto de interferir no resultado.”

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