18 de junho, de 2017 | 18:28
Luiz Carlos Amorim
Luiz Carlos Amorim
O inverno já chegou, apesar de estarmos apenas no começo, quase meados de junho. É, estamos no outono, mas o frio já está aqui. Muita chuva, também, e esperemos que as enchentes não se repitam, para que este seja um inverno mais amigável.Este é aquele tempinho bom de colocar uma roupa mais quente, fazer pão em casa e deixar aquele cheirinho delicioso tomar conta da casa inteira, junto com o cheiro do café feito na hora, aquelas sopas maravilhosas que em outras épocas a gente não tem oportunidade de degustar, o chá perfumado e fumegante etc., etc.
Dias de se aconchegar com os nossos entes mais queridos, com a família, com os amigos, pois na casa da gente ou na casa dos outros, é muito bom nos reunirmos, nos aproximarmos mais. Tempo de colocar todos à volta da mesa para convivermos mais, conversarmos mais, nos aproximarmos mais.
O frio antecede a sua estação, chega com ele o tempo da tainha, a gente já começa a comer aquele peixe delicioso, o prato principal do inverno, aqui em Santa Catarina, talvez até no Brasil. Os cardumes começam a chegar em maio, e daí em diante são pescadas toneladas delas. Já disse - em outra oportunidade - que inverno sem tainha não é inverno, e o fato de ter esfriado nos traz a presença, ainda tímida, da vedete das nossas mesas nos dias frios do litoral.
Até o manacá-da-serra, o jacatirão de inverno, já está florescendo lindamente, desde o começo de maio, ainda que o tempo dele seja junho, julho. Tenho visto pés de manacá-da-serra pejados de botões, uma abundância de promessas de cores no nosso inverno. Só faltava a azaleia não atrasar este ano e se adiantar um pouco para o inverno todinho se deslocar para mais cedo.
Mantas, cobertores, casacos, meias e, quem sabe, luvas, cachecóis, botas, todos a postos. O inverno está aí. E as cores também. Porque inverno não quer dizer ausência delas, vejam a quantidade de flores que temos na estação dos galhos secos por causa do frio: temos jacatirões (manacás-da-serra), azaleias, flamboaiãs, ipês, buganvílias, cerejeiras japonesas, orquídeas, cravos, begônias, lírios, gérberas, camélias, magnólias etc., etc. O inverno é aconchegante e colorido. Inverno é vida.
Meu manacá-da serra não está com tantos botões, como muitos que tenho visto por aí. Mas tudo bem. No inverno do ano que vem, quem sabe? Ele é muito jovem, surgiu no meu jardim sem que eu o tivesse plantado, então é uma dádiva, um presente, e ele florescerá pouco este ano, mas outros virão. Meu jacatirão de inverno que estava plantado no meio do jardim morreu, depois de grande floradas.
Eu o podei porque estava enorme, mas devo ter feito alguma coisa errada, infelizmente. Mas o novo está crescendo e logo florescerá. E suas flores se juntarão às dos hibiscos, das azaleias e outras flores do meu pequeno jardim, em um inverno próximo. Não tenho pressa. O inverno sempre volta. As cores também.
Escritor, editor e revisor, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, cadeira 19 na Academia Sul-Brasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br.
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