13 de junho, de 2017 | 16:32

Radicalismo alimentar, quais os limites e riscos?

Lorena Rodrigues

Divulgação
A nutricionista Lorena Rodrigues dá dicas sobre alimentos e saúdeA nutricionista Lorena Rodrigues dá dicas sobre alimentos e saúde
O radicalismo alimentar vem se tornando cada vez mais comum entre pessoas que optam por uma alimentação mais saudável, ao mesmo tempo em que provoca polêmica. Afinal, retirar todo glúten, açúcar e gordura da alimentação é o mais saudável a se fazer?

Para a nutricionista Lorena Rodrigues, tal atitude não é obrigatoriamente sinônimo de saúde. “A busca não deve ser por produtos ‘sem glúten e sem lactose’, mas sim, por alimentos naturais. De nada adianta substituir o trigo por produtos industrializados cheios de conservantes, farinhas refinadas e, muitas vezes, açúcares. São inúmeros os fatores a analisar para se ter um estilo de vida adequado sem ter que ficar preso a escolhas de produtos”, afirma a nutricionista.

Outro fator importante e que muitas vezes é ignorado por pessoas que decidem retirar alguns alimentos de sua dieta é o acompanhamento nutricional. “Retirar ou não glúten e lactose da alimentação, “fazer dieta x ou y” é uma escolha a ser tomada junto com um profissional, respeitando uma série de fatores, tendo consciência de que nem toda medida, como a exclusão de uma classe alimentar, é viável ou saudável para todos, nem o único caminho”, ressalta Lorena.

Entender que é preciso moderação é fundamental. “Nenhum extremismo traz saúde e equilíbrio em longo prazo, além do risco do organismo poder criar alguma sensibilidade ao produto que lhe foi retirado. Mas é claro que não podemos ignorar toda evidência científica, que nos mostra a relação do alimento com a nossa saúde e bem-estar”, destaca a nutricionista.

Com acompanhamento profissional, equilíbrio e controle, é possível ter uma alimentação saudável e chegar ao propósito esperado. “A questão é saber fazer a escolha certa, na quantidade certa, de acordo com os objetivos e individualidades de cada um”. E para finalizar, Lorena Rodrigues destaca: “Que nunca percamos a alegria e o prazer em comer bem, e que a comida, em alguns momentos, continue sendo significado de conforto e boas lembranças”.
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