11 de junho, de 2017 | 16:30

Fabriciano realiza exposição fotográfica para resgatar história da estrada de ferro Vitória a Minas

Mostra visa homenagear a inauguração da estação ferroviária da cidade, que ocorreu em 9 de junho de 1924, há 93 anos

A Secretaria de Governança de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Cultura de Coronel, realizará, a partir da próxima segunda-feira (12) uma exposição fotográfica inédita, com o título “A Estrada de Ferro Vitória a Minas na cidade de Coronel Fabriciano”, para retratar as diversas fases da ferrovia no período em que exerceu atividades ferroviárias na cidade.
Antiga estação no Centro de Coronel Fabriciano, onde hoje é o terminal rodoviário Antiga estação no Centro de Coronel Fabriciano, onde hoje é o terminal rodoviário


A iniciativa coloca em prática a realização de exposições temáticas do Museu Histórico Municipal e visa homenagear a inauguração da estação ferroviária da cidade, que ocorreu em 9 de junho de 1924, há 93 anos.

A exposição mostrará uma série de fotografias históricas cujo cenário é o dia a dia da estação, de pessoas, equipamentos, linha férrea, casas, entre outros detalhes ligados diretamente ao período em que a VitóriaaMinas exerceu atividade administrativa e técnica na cidade. O Gerente de Cultura do município, Mário Carvalho Neto, destaca a importância de resgatar esse importante período para a economia e vida social.

“Nas proximidades da estação, formou-se um dos mais dinâmicos centros comerciais do interior mineiro na época. Com a demolição da estação em 1982, a memória ferroviária vem se perdendo gradativamente, e a exposição traz de volta os fatos que marcaram a época e uma reflexão sobre a importância da preservação da nossa história”, conclui. A exposição contará com apoio da Acicel/CDL.

História

Quando o traçado ferroviário com destino às jazidas de minério em Itabira cortou o território fabricianense, Coronel Fabriciano não passava de um mero povoado chamado de Calado, onde faiscadores, garimpeiros e tropeiros se instalavam nas proximidades do Rio Piracicaba.

Após a inauguração do imóvel, dois anos depois de concluída a obra, devido à paralisação do avanço da linha férrea em Ipatinga, em decorrência da mudança do traçado, a estação chamou-se Raul Soares. Durou pouco o nome que homenageava o então governador do Estado, vindo a se chamar posteriormente Estação do Calado. No dia 30 de março de 1938, a estação do Calado passa a se chamar Coronel Fabriciano.

A partir de então, a história do ainda distrito de Antônio Dias começa a mudar, com a instalação de um comércio pujante, principalmente na Avenida Pedro Nolasco. Nos anos 1960, a estação de Coronel Fabriciano passa a ser uma das mais importantes de todo o trecho ferroviário, vindo a sediar a 1ª Residência da Via Permanente, unidade administrativa responsável pelo trecho de Naque a Itabira.

A Estrada de Ferro Vitória a Minas, iniciada em Vitória (ES), em 1904 tinha como destino a cidade de Diamantina com o objetivo de escoar a produção rural do Centro mineiro. Ao descobrir a grande jazida de minério em Itabira, em 1911, o traçado ferroviário que já se encontrava margeando o Rio Santo Antônio com destino à cidade dos diamantes, é desviado para a cidade do quadrilátero ferrífero. A partir de então, todo o Vale do Piracicaba ficou sobre influência da estrada de ferro. Atualmente, a população de Coronel Fabriciano utiliza a estação de Mário Carvalho na cidade vizinha de Timóteo.

Serviço
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “A ESTRADA DE FERRO VITÓRIA A MINAS NA CIDADE DE CORONEL FABRICIANO”
Data: Segunda-feira, dia 12, às 17h00
Local: Terminal Rodoviário de Coronel Fabriciano
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Comentários

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Gilberto

13 de junho, 2017 | 07:13

“ONDE SERA O MEMORIAL, ENDEREÇO, MOREI NA CIDADE DE TIMOTEO, QUANTAS VEZES EMBARQUEI NO MARIA FUMAÇA, ACORDAVA PELA MADRUGADA O TREM PASSAVA AS 5 HS DA MANHA, ERA EU MINHA IRMA MAIS NOVA E MAMAE JA FALECIDA, QUANTAS SAUDADES....VITORIA ES”

Sabonete

12 de junho, 2017 | 07:37

“Quando criança, já embarquei várias vezes para Vitória nesta estação.....”

Sebastião

12 de junho, 2017 | 06:57

“Se o povo da cidade, tivesse amor pela história da cidade, não teria
aceitado destruir o imóvel. Grande patrimônio.”

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