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10 de junho, de 2017 | 12:00

Sérgio Roberto: O Pelé da fotografia

A seção “Relíquias do Vale”, do site www.vereadornardyellorocha.com.br, apresenta a história de pioneiros de diversos segmentos de Ipatinga e, este mês, destaca o fotógrafo Sérgio Roberto (D)A seção “Relíquias do Vale”, do site www.vereadornardyellorocha.com.br, apresenta a história de pioneiros de diversos segmentos de Ipatinga e, este mês, destaca o fotógrafo Sérgio Roberto (D)
A trajetória do fotógrafo Sérgio Roberto de Oliveira, é contada em um bate-papo com o vereador Nardyello Rocha no estádio João Lamego Neto, o Lamegão, também popularmente conhecido como Ipatingão, um lugar comum há muitos anos frequentado pelos dois. Dentre vários assuntos, ambos destacam a alegria pela volta do Ipatinga ao futebol e a recuperação do estádio, palco de tantos espetáculos futebolísticos acompanhados pelo fotógrafo e pelo vereador, que também é comentarista esportivo.

Sérgio Roberto nasceu em 14 de setembro de 1953, em Vila Paulista, distrito de Barra de São Francisco, no estado do Espírito Santo. Aos seis anos de idade, mudou-se para Ipatinga com os outros três irmãos, seu pai, Aníbal José de Oliveira e sua mãe, Alzerina Coelho de Oliveira, a dona Neném. Na cidade, casou-se com Teresinha Nunes Fernandes de Oliveira, e teve seus dois filhos, Poliana e Alessandro.

Quando chegou a Ipatinga, em 1959, foram morar no Centro da cidade, onde seu pai arrendou a pensão do Sr. Calais. Dois anos depois, montou um bar, em seguida arrendou outro, o bar Maringá.

Na década de 70, seu pai construiu um hotel na rua Pouso Alegre, o conhecido Hotel do Aníbal. “Ajudamos muito o meu pai a trabalhar. Eu cresci ali, no Centro, vivenciando muitos fatos marcantes e acompanhando a história de Ipatinga”, comenta Sérgio.

Dos grandes acontecimentos da época, o fotógrafo relata o que mais marcou. “Sem dúvida, foi o episódio conhecido como “Massacre de Ipatinga”. Nós morávamos ao lado do hospital, eram ambulâncias e barulho de sirenes o dia todo. Meu pai tentava esconder aquela situação, mas era difícil. Foi um fato impossível de esquecer”, lamenta Sérgio.

Trajetória
No fim de 1979, Sérgio Roberto foi convidado para ser diretor de esportes no Clube Ipaminas. Seu irmão, Cláudio Cesário, havia transferido a sede do clube do Centro para o bairro Cidade Nobre, e seu pai, Sr. Aníbal, foi quem lançou a pedra fundamental do clube naquele lugar.

“Eu mesmo redigia as notícias do Ipaminas e também fazia as fotos. Depois encaminhava à imprensa. Todo material, inclusive boletins internos, era eu quem produzia. Com isso, fui tomando gosto também pela fotografia, e a prática me fez um profissional”, conta o fotógrafo.

Entre os anos de 1984 e 1988, trabalhou na prefeitura, como fiscal de obras, e ainda fazia o trabalho de assessoria e divulgação dos clubes Aciaria e Usipa. No ano de 1983, teve seu próprio jornal, o semanário esportivo “GOL”, em parceria com Waldecy Castro e colaboradores como Lúcio Reis, Aurélio Caixeta e Carlos Alberto Prais. O jornal circulava sempre às segundas-feiras, com foco no esporte amador regional e notícias do fim de semana em âmbito nacional.

No auge de sua carreira, tomou a decisão de ir para os Estados Unidos, onde morou por seis anos com a esposa e filhos. Em uma de suas vindas ao Brasil seu pai faleceu, e então decidiu retornar ao país.

Em 1994, Sérgio fez concurso na prefeitura de Ipatinga para o cargo de fotógrafo. Foi aprovado e, em 1995, começou a trabalhar. No mesmo ano, criou a “Agência Cobertura”. O trabalho na prefeitura encerrou-se há três anos, quando se aposentou. Atualmente, Sérgio pratica o seu amor por fotografia em sua agência.

Sérgio gosta de enfatizar que o bom fotógrafo sempre está no lugar certo e na hora certa. Ele foi o único fotógrafo profissional do Vale do Aço credenciado para trabalhar no gramado do Mineirão, quando, diante de mais de 50 mil torcedores cruzeirenses, o Ipatinga Futebol Clube sagrou-se campeão mineiro, em abril de 2005. Em 2015, Sérgio Roberto fez a exposição “Amor e Raça”, que marcou os 10 anos da conquista do título.

Ao longo de todos estes anos, alguns eventos marcaram a sua carreira, como a criação do Kartódromo Émerson Fittipaldi; a disputa do XX Campeonato Brasileiro de Kart, em 1985, no kartódromo de Ipatinga, com a participação de Rubinho Barrichelo, Tony Kanaã e Cristhian Fittipaldi; a cobertura do penúltimo show da banda Mamonas Assassinas, no Ipatingão, poucos dias antes do trágico acidente aéreo, dentre tantos outros, ligados à política e empresas, como a inauguração da laminação a frio da Usiminas, com a presença do então presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.

Questionado sobre qual área mais gosta de cobrir, sem nenhum receio, afirma que é o esporte. Já sobre o que não gosta, Sérgio afirma que são eventos como casamentos, batizados e aniversários. “Sinto-me como um peixe fora d’água em trabalhos assim. Gosto do que proporciona mais ação, aventura. Eu quero estar na beira do campo, da piscina, no alto da chaminé de alguma indústria; onde acharem que não dá pra subir e fazer foto, eu arrumo um jeito e chego lá”, finaliza.

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Comentários

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Sérgio Roberto Oliveira

02 de agosto, 2018 | 09:05

“Muito bom rever essa entrevista ao então Vereador Nardyello Rocha, hoje nosso Prefeito aqui da cidade de Ipatinga.
Obrigado Naná.....”

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