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07 de junho, de 2017 | 23:20

Justiça condena a 34 anos de prisão, mulher que matou grávida para roubar bebê em Ponte Nova

Gimária Patrocínio sequestrou grávida, e a manteve em cativeiro para arrancar-lhe o bebê do ventre

Gilmária Silva Patrocínio, de 34 anos, foi sentenciada a 34 anos, um mês e 23 dias de prisão, por assassinar uma jovem grávida e arrancar dela o bebê. Crime ocorreu em 2015, na cidade de Ponte Nova, na Zona da Mata mineira. O crime gerou grande comoção na cidade mineira naquele ano e teve o desfecho esta semana, com o julgamento da acusada do crime.

O corpo de Patrícia Xavier da Silva, que na época tinha 21 anos, foi encontrado no dia 30 de junho perto de uma caixa d´água, na saída do bairro Vale Verde, para a zona rural do município.
Douglas Magno
Gilmária Silva Patrocínio foi descoberta quando deu entrada em hospital alegando que tinha dado à luz. Médico descobriu a farsa e associou o caso à procura de uma grávida desaparecida em Ponte Nova Gilmária Silva Patrocínio foi descoberta quando deu entrada em hospital alegando que tinha dado à luz. Médico descobriu a farsa e associou o caso à procura de uma grávida desaparecida em Ponte Nova


Reunido na terça-feira, o Júri Popular entendeu que Gilmária era culpada, na sessão presidida pela juíza Dayse Baltazar, da 1ª Vara Criminal e da Infância e Juventude de Ponte Nova, em um julgamento que durou cerca de 10 horas.

A pena de Gilmária é pelo crime de homicídio com quatro qualificadoras: motivo torpe, mediante dissimulação, com o objetivo de assegurar a execução de outro crime e, também, com emprego de meio cruel (a criança foi arrancada com a vítima ainda viva). A ré também foi condenada por ocultação de cadáver, por dar parto alheio como próprio, subtração de incapaz e por colocar em perigo a vida ou a saúde de outras pessoas.

A suspeita já se encontrava presa no Complexo Penitenciário de Ponte Nova, onde deverá continuar detida.

Como foi o caso
Album pessoal
Patrícia Xavier da Silva tinha 21 anos, quando foi sequestrada e teve o bebê arrancado da barriga Patrícia Xavier da Silva tinha 21 anos, quando foi sequestrada e teve o bebê arrancado da barriga


No dia 26 de junho, Patrícia, aos 9 meses de gestação, saiu de sua casa por volta de 7h30 no bairro Cidade Nova para ir ao hospital Nossa Senhora das Dores, no centro de Ponte Nova. Ela foi vista entrando e saindo sozinha do local, mas depois disso, não havia sido mais localizada. A família então registrou queixa sobre o seu desaparecimento. Aquela seria a última consulta de pré-natal antes de Patrícia ter o bebê, um menino.

No dia 30, o corpo de Patrícia foi encontrado perto de uma caixa d´água, no bairro Vale Verde, um bairro de ligação à zona rural da cidade, afastado do centro. Perto do local, havia uma lavanderia abandonada onde foram encontrados restos de comida, cobertor, um papelão, e outros indícios de que a vítima havia sido mantida em cativeiro antes de ser assassinada.

O corpo estava com a boca amordaçada com uma fita adesiva, mãos e pés amarrados, um corte no pescoço e outro grande corte na barriga, semelhante a uma cesária. O bebê havia sido retirado do ventre da mãe.

Duas testemunhas viram uma mulher com as características de Gilmária junto com Patrícia nas proximidades da Fazenda Estiva, no dia do crime. A Polícia Civil apurou que, no dia 26, uma mulher deu entrada no hospital da cidade dizendo que havia acabado de dar à luz um filho. Porém, um médico da unidade de saúde constatou que seria impossível que ela tivesse acabado de ter um filho.

Juntando o fato de que a mulher era uma falsa grávida e que uma verdadeira grávida havia desaparecido no mesmo dia na cidade, a polícia concluiu que se tratava da principal suspeita do crime.

Já na manhã do dia 1º de julho, a polícia prendeu três suspeitos do crime, inclusive Gilmária, que confessou a autoria do crime e o motivo: queria ficar com o bebê. Outras três pessoas foram detidas, entre elas um andarilho. O inquérito da Polícia Civil concluiu que Gilmária agiu sozinha e os outros suspeitos foram liberados.
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