05 de junho, de 2017 | 17:00

Jogos fracos

Divulgação
Sem contar o jogo de ontem à noite entre Bahia x Atlético/GO, a 4ª rodada do Campeonato Brasileiro foi fraca em emoções e bom futebol, só se destacando a Chapecoense e o Corinthians, nas vitórias sobre o Cruzeiro e Santos, respectivamente, não por acaso, os dois líderes do campeonato.

A Chape jogou muito bem o tempo todo e venceu de modo surpreendente a Raposa, atuando como se estivesse em sua casa, na Arena Condá.

Os jogadores do Cruzeiro pareciam assustados com a “ousadia” da equipe catarinense, que em nenhum momento deixou de atacar e dar trabalho, tanto que, aos 46 do 2º tempo, mandou uma bola na trave do goleiro Fábio.
Não por obra do acaso, a Chapecoense lidera o campeonato mais disputado do continente pela segunda rodada consecutiva, com um time arrumadinho, sem nenhum craque ou medalhão, onde predomina o futebol coletivo implantado pelo técnico Vagner Mancini.

Se nenhum jogador se destacou pelo Cruzeiro, não se pode dizer que faltou vontade ou luta em campo por parte deles. Fizeram o que podiam, no limite, mas a noite era da Chape, que sobrou em campo e mereceu a vitória.

Bola prá frente, porque a fila anda, e já nesta quinta-feira o Cruzeiro vai a Salvador pegar o Bahia, na Fonte Nova, onde terá a chance de se reabilitar, contra um adversário que também não é da prateleira de cima, mas por jogar em casa apoiado por sua enorme e apaixonada torcida, dá sempre muito trabalho aos visitantes.

Situação inadmissível
Tanto o Palmeiras como o Atlético pareciam estar muito mais preocupados em não perder, o que acaba tirando dos times a vontade de ganhar, como costuma dizer o “pofexô” Luxa.

Se o empate de 0 x 0 foi ruim para o Palmeiras, por jogar em casa, foi pior ainda para o Atlético, que saiu da 4ª rodada com uma campanha pífia de três empates, uma derrota, três pontinhos ganhos, ocupando o 17º lugar, na Zona de Rebaixamento.

Li e ouvi muitos colegas da crônica tentarem tapar o sol com peneira, dizendo que o ponto somado pelo Galo fora de casa contra o Palmeiras, um dos favoritos ao título, foi “importante” por isso e por mais aquilo.
Penso que, com este atual elenco, cheio de medalhões ganhando salários milionários, cercados de todas as condições materiais para se preparar e jogar futebol, é inadmissível a atual posição do Atlético na tabela de classificação.

E só prá variar, Victor foi quem salvou a pátria atleticana de um vexame ainda maior, ao defender um pênalti cometido de forma infantil por Fred em Edu Dracena, e que foi muito mal cobrado pelo William Bigode.

Como amanhã já tem outro jogo pelo Brasileiro, contra o Avaí (13º, 5 pg), no Independência, e não há tempo para ficar se lamentando, só resta ao time do Galo correr atrás da vitória, que deixou de ser só obrigação para se tornar uma necessidade.

• A esdrúxula situação do Atlético, ocupando a ZR após quatro rodadas, a meu juízo deveria ser motivo para indignação por parte da diretoria, o que não está ocorrendo. Não se vê providências enérgicas, cobranças, nada disso, muito antes ao contrário, o presidente Daniel Nepomuceno sequer viajou a São Paulo com a delegação que enfrentou o Palmeiras.

• A produção do programa “Bem Amigos” acreditava numa vitória do Cruzeiro sobre a Chapecoense, fato que o deixaria na liderança do Brasileirão, tanto que convidou o técnico Mano Menezes para participar do programa de ontem à noite, no Sportv, apresentado por Galvão Bueno.

Pois “o trem encravou”, como diria o amigo Manoel Bretas, o “Badé”, pois com a vitória, a liderança pela segunda rodada consecutiva é da Chape, com o Cruzeiro caindo para o 8º lugar.

• Exageradamente bairrista por natureza, a crônica esportiva carioca entrou em estado de frenesi, com o chute no travessão do garoto de 16 anos, Vinicius Junior, já vendido ao Real Madrid por R$ 160 milhões, no clássico contra o Botafogo.

A “joia” rubro negra entrou no segundo tempo do clássico e deu trabalho à zaga botafoguense, mas ainda está muito longe das expectativas criadas pelos ufanistas, que já fazem projeções tipo no lugar de quem ele entraria hoje no super time do Real Madrid.

• Por falar nesse fértil imaginário dos cariocas, já se discute abertamente como o técnico Jair Ventura deveria escalar o Botafogo numa hipotética final contra os merengues, caso conquiste a Libertadores. De real mesmo nisso tudo foi a constatação da abissal distância dos nossos times, em relação aos dois finalistas da Champions, depois de assistir os jogos feios dessa 4ª rodada do Brasileiro e a final europeia.

• O bi continental faz do Real Madrid o maior clube do ano no planeta, fez de Cristiano Ronaldo o super favorito a melhor do ano, e de Zidane, um técnico superior ao que mereceu indicação ao prêmio Fifa do ano passado, pois consegue extrair o melhor de seus jogadores, de acordo com as suas convicções. (Fecha o pano!)
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