05 de junho, de 2017 | 16:47

Desperdício de energia custa R$ 2,4 bilhões

Esse desperdício representa um gasto adicional de mais de R$ 60 bilhões, que poderiam ser destinados para outras áreas

Divulgação
Quanto mais antigo o equipamento, maior o consumo no modo de espera, alerta técnico da CemigQuanto mais antigo o equipamento, maior o consumo no modo de espera, alerta técnico da Cemig
O desperdício de energia elétrica ainda é um dos principais fatores que encarecem a conta de energia dos consumidores de todas as regiões do País. Dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) apontam que, nos últimos três anos, foram desperdiçados mais de 140 mil gigawatts-hora (GWh), energia que seria suficiente para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes por mais de um mês. Esse desperdício representa um gasto adicional de mais de R$ 60 bilhões, que poderiam ser destinados para outras áreas de interesse da sociedade.

O levantamento também destaca que Minas Gerais desperdiçou, somente no ano passado, mais de 5 mil GWh de energia, o que significa um volume de recursos de cerca de R$ 2,4 bilhões desperdiçados.

Conforme Neander Lima, analista de comercialização da Cemig, para evitar gastos excessivos com peso no orçamento das pessoas, é importante saber que o consumo de energia elétrica depende de duas variáveis: a potência dos equipamentos e o tempo de uso de cada um deles.

“Prefira equipamentos com Selo Procel, pois são mais eficientes. Além disso, pratique ações simples de redução de consumo, como manter o ambiente fechado quando o ar-condicionado estiver ligado, reduzir tempo de banho e retirar da tomada o carregador de celular quando o aparelho não estiver em uso”, afirma.

Em espera

A eletricidade consumida por aparelhos eletrônicos no modo stand-by (em espera) pode representar um acréscimo de até 15% na conta de energia elétrica. O consumidor, no entanto, tem a chance de evitar o desperdício com uma pequena mudança de hábito: desligar os eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso.

O engenheiro de soluções energéticas da Cemig, Luciano Barreto, destaca que equipamentos, como receptores de TV por assinatura, computadores e televisão, dentre outros, costumam ficar ligados em modo de stand-by 24 horas por dia e ajudam a elevar o valor da conta no fim o mês.

“Se você deixa um equipamento ligado desnecessariamente, está desperdiçando energia. Em stand-by, os aparelhos consomem menos do que em uso normal, mas seria como uma torneira pingando 24 horas, todos os dias, e essa água não é utilizada. Para economizar, é necessário que o consumidor retire o equipamento da tomada. Vale ressaltar, ainda, que os equipamentos mais antigos consomem mais, no modo de espera, do que os mais modernos”, pontua.

Atualmente, os receptores de TV por assinatura são os que mais consomem energia no modo stand-by. Assim, apenas com o simples ato de desligar os aparelhos da tomada, o consumidor interrompe esse consumo indesejado e dispensável e ajuda na redução da fatura de energia.

Redução da tarifa

Na semana passada, a Aneel anunciou a redução tarifária de 6,03% para os clientes residenciais da Cemig. O órgão regulador do sistema elétrico ainda definiu em 5,82% o índice de redução da tarifa para os clientes do grupo B (baixa tensão), e em 21,04% para os clientes do grupo A (média e alta tensão), o que significa redução média de 10,66%, se consideradas todas as classes de consumo.

Além disso, depois de dois meses, a Aneel voltou a indicar condições de gerações favoráveis com a indicação da bandeira verde para o mês de junho. Dessa forma, as contas de energia dos consumidores brasileiros não terão a indicação dos custos da energia proveniente da utilização das usinas térmicas.
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