Expo Usipa 2024 02 - 728x90

24 de maio, de 2017 | 06:17

Irmã de Aécio Neves pede liberdade ao Supremo

Advogado Marcelo Leonardo pede a substituição da prisão por medidas cautelares de liberdade

A defesa de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), recorreu nesta terça-feira (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ela possa deixar a prisão. Ela foi presa na última quinta-feira (18) pela Polícia Federal por determinação do ministro Edson Fachin.
Paulo Fonseca/ EFE
A irmã do senador afastado Aécio Neves foi presa no dia 18 de maio por suspeita de operar propinas para ele, vindas do empresário Joesley BatistaA irmã do senador afastado Aécio Neves foi presa no dia 18 de maio por suspeita de operar propinas para ele, vindas do empresário Joesley Batista


No recurso, o advogado Marcelo Leonardo pede a substituição da prisão por medidas cautelares de liberdade e afirma que Andrea Neves não pode ser responsabilizada por todos atos ilícitos supostamente praticados por seu irmão.

Na investigação que foi aberta no STF, a irmã do senador é acusada de intermediar o pagamento de R$ 2 milhões pelo empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS. Em depoimento de delação, o empresário também afirmou que Andrea teria solicitado R$ 40 milhões para a compra de um apartamento.

“Os argumentos aduzidos pelo procurador-geral da República e, em parte, admitidos pelo ministro relator, na decisão agravada, para, pretensamente, justificar a necessidade da segregação cautelar da agravante Andrea Neves da Cunha são estranhos a sua pessoa, eis que dizem respeito a seu irmão, senador Aécio Neves”, argumenta a defesa.

Na semana passada, após Aécio Neves ser afastado do cargo pelo ministro Edson Fachin, a assessoria do parlamentar afirmou que ele está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. "No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público". A defesa do senador informou que sua intenção era vender a Joesley um imóvel para pagar a dívida.

Entenda do que Andrea Neves é acusada:

“Andrea Neves da Cunha, irmã do senador Aécio Neves, além de ser alguém da sua extrema confiança, mostra-se, pelas provas carreadas aos autos, ser a responsável por tratar dos interesses mais caros ao senador, inclusive os ilícitos”, assinala o procurador-geral da República Rodrigo Janot no recurso ao Plenário do Supremo Tribunal Federal por meio do qual pede a decretação da prisão preventiva decorrente de flagrante de Aécio.

Janot havia pedido a prisão do tucano, no início da Operação Patmos, mas o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, negou a medida – apenas determinou a suspensão do mandato do senador.

A investigação revela que Andrea procurou o empresário Joesley Batista, acionista da JBS, “para solicitar o pagamento de R$ 2 milhões a titulo de propina”.

Joesley fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e passou a gravar diálogos com Aécio e Andrea – além de ter gravado até o presidente Temer no Palácio do Jaburu.

O empresário marcou reunião com Aécio no dia 24 de abril por meio de contato com Andrea “para tratar da propina solicitada” – o tucano alegou a Joesley que precisava daquele valor para custear despesas com advogados.

A partir de 10 de abril, a Polícia Federal entrou no caso e passou a interceptar as ligações de Aécio e Andrea.

“Nos diálogos captados pela Policia Federal, vê-se que Andrea Neves não só tem plena ciência do envolvimento de Aécio Neves nas ilicitudes, como também o auxilia diretamente nas suas tratativas”, assinala o procurador.

No dia 11 de abril, Andrea caiu no grampo pedindo a seu interlocutor que repasse a ela “a íntegra” das delações de executivos da Odebrecht.

“Andrea demonstra preocupação com a colaboração de quatro indivíduos, Marcelo Odebrecht, Benedicto Júnior, Sérgio Neves e Henrique Valadares”, destaca Janot.

“Ora, não haveria razão para demonstração de preocupação destes relatos se Andrea Neves não soubesse que Aécio Neves teve participação nos fatos passíveis de serem trazidos na colaboração.”

No grampo da PF, dia 11 de abril, Andrea revela ansiedade em por as mãos no conteúdo das delações dos executivos da Odebrecht.

“É, é…a íntegra. É que eu tinha que virar a noite aqui com ele para a gente analisar isso. Vê se você fala com o Alckmin lá, com alguém que tá lá.”

O interlocutor da irmã de Aécio, Flávio Henrique, responde. “Não, já tá lá…já tá terminando.”

Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Carlos Alberto Nilo

24 de maio, 2017 | 07:38

“O mais inacreditável é o vídeo que o irmão senador afastado publicou ontem em que se apresenta como a vítima de uma armação. ora, conta outra, senador. Nós sabemos o que o senhor fez no verão passado. Tá querendo enganar quem? Tratam de incriminar os açougueiros delatores e agora querem o senhor, o nove dedos e a anta presidenta se safar da cadeia Janot nocêis tudo, inclusive no Moro que te defendia.”

Envie seu Comentário