23 de maio, de 2017 | 16:56
Transtorno de Ansiedade Social (TAS): diagnóstico e tratamentos
Márcia Souza Freitas Alvernaz
O transtorno de ansiedade social (TAS), ou fobia social, segundo o DSM-IV (APA, 1994) é caracterizado pelo medo persistente de uma ou mais situações nas quais o indivíduo é exposto à possível avaliação por parte de outros, como, por exemplo, comer, beber, falar em público, ser o centro das atenções, interagir com o sexo oposto, temendo fazer algo ou comportar-se de maneira humilhante ou embaraçosa.Ou seja, se você se sente extremamente nervoso ou desconfortável diante de situações sociais e tenta a todo custo evitar tais enfrentamentos, talvez você seja portador de TAS.
Este quadro só recentemente tem sido estudado mais profundamente, o que tem ajudado muitos pacientes que se sentem bloqueados diante de situações sociais corriqueiras que podem gerar sinais físicos de adoecimento ou sofrimento, levando muitas vezes a comportamentos autodestrutivos como o alcoolismo, dependência química, compulsão alimentar ou uma doença psiquiátrica mais limitante, como neurose e depressão.
Estes pacientes têm medo de fazer alguma coisa que possa ser embaraçoso ou ridículo, ou que possa causar má impressão, ou que possa ser julgado, criticado ou avaliado negativamente por outras pessoas. Para muitos, a ansiedade social está limitada a certas situações sociais.
Por exemplo, algumas pessoas ficam muito desconfortáveis em situações formais relacionadas com o trabalho (fazer apresentações ou reuniões), mas ficam razoavelmente confortáveis em situações mais casuais, como, por exemplo, em festas ou na socialização com os amigos. Outras pessoas podem reagir exatamente ao contrário: estão mais confortáveis em situações formais de trabalho do que em situações não estruturadas de encontro social.
A partir de 2001 este quadro de ansiedade tem sido abordado com mais seriedade, e graças a estes estudos, uma gama de terapias farmacológicas e abordagens integrativas tem dado grande alivio à vida destes pacientes. Particularmente eficazes são os fármacos a base de B-fenil GABA, que de forma mais segura e natural promovem tranquilidade, qualidade do sono e melhora do aprendizado.
Associada a terapias tradicionais cognitivas comportamentais e complementares, como técnicas de programação neurolinguística, meditação, ioga e reflexologia, trazem com certeza um grande alivio e autocontrole diante das situações desafiadoras.
* Diretora clinica da Integrative Núcleo Brasil de Medicina Integrativa e Funcional. Formada pela UFMG em 1998, especializou-se em ginecologia e obstetrícia pela FHEMIG em 2001. Pós-graduada em Ultrassom Ginecológico e Obstétrico; em medicina integrativa; em medicina funcional e gerenciamento do envelhecimento saudável; e em gestão e mercado no Instituto Caprone. Fez inúmeros cursos na área da Medicina Integrativa, como Nutrição Funcional, Termografia Médica, Avaliação Biofísica, Medicina Esportiva, Homeostase Hormonal, Câncer, Workshops etc.
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