13 de maio, de 2017 | 10:53

Mãe, um amor universal

Flavio Friche

Tinha apenas cinco anos... Uma grave doença me acometeu, provocando, além do enfraquecimento geral do organismo, a queda de meus cabelos. Fiquei sendo uma criança carequinha... Apesar de tantos anos passados, que hoje tingiram meus cabelos de branco (sim, depois eles voltaram a nascer...), aquela cena continua nítida em minha recordação: ao lado da minha pequena cama de enfermo, sempre se fazia presente, velando por mim, a imagem de minha querida mãe. Ela e o frondoso abacateiro do quintal vizinho são as lembranças mais constantes que conservo daqueles dias de dor.

Por que esse episódio permanece tão vivo em mim, se tantos outros acontecimentos da mesma época perderam-se no esquecimento?... Certamente porque, devido às circunstâncias que punham em risco minha vida, essa recordação não ficou gravada apenas na mente, mas se fixou no coração do filho. Por isso imantou-se, também, na consciência da vida, podendo ser lembrada pelos anos afora.

Com o estudo logosófico tenho aprendido que os grandes sentimentos – como o de mãe, de pai ou o do amor filial – nascem e residem na própria consciência, ou seja, têm sua origem em algo ainda maior, isto é, no amor universal estampado em toda a Criação. Os sentimentos precisam ser cultivados como uma planta.

Hoje compreendo que aquela manifestação do amor materno, que tanto ajudou em minha recuperação naquele transe da minha infância, extraía sua força de uma fonte superior, aquela que sustenta e anima todas as formas de vida e que, na constituição humana, corresponde a esses grandes sentimentos impressos na consciência.

Sentimentos que, por sinal, têm sido tão esquecidos!... Por isso, valorizo tanto a oportunidade que estou tendo de aprender o seu mecanismo consciente e de que eles precisam, a exemplo de uma tenra planta, ser cultivados e desenvolvidos em minha sensibilidade, com suas faculdades de sentir, de amar, de agradecer...

Assim sendo, os sentimentos de amor filial e de gratidão à mãe podem se manifestar livremente em dezenas e dezenas de dias do ano, numa noite de quarta-feira ou numa manhã de domingo, ou seja, a toda hora que o coração pedir ou a consciência ditar...

Melhor será quando, pelo cultivo de uma nova cultura, esses sentimentos puderem ser vivenciados – ainda quando a mãe já esteja fisicamente ausente – como parte da consciência da vida, numa manifestação natural do ato de viver. São reflexões que nos convidam a estender, em tributo de gratidão, uma ponte entre a consciência humana e o Pensamento Universal da Criação.

(*Flavio Friche pertence ao quadro docente da Escola de Logosofia)

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