19 de abril, de 2017 | 17:49

Geraldo Hilário avalia os 100 dias de governo

Prefeito Geraldo Hilário pontuou os assuntos relacionados ao município que tiveram destaque ao longo dos últimos meses e falou sobre as dificuldades encontradas ao tomar posse

Wôlmer Ezequiel
Geraldo Hilário durante a avalição do governo, em entrevista ao DIÁRIO DO AÇOGeraldo Hilário durante a avalição do governo, em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO
Em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO, o prefeito de Timóteo, Geraldo Hilário (PP), avaliou os 100 dias de governo. Ele pontuou os assuntos relacionados ao município que tiveram destaque ao longo dos últimos meses e falou sobre as dificuldades encontradas ao tomar posse.

“Já na transição a gente tinha uma ideia do que iria encontrar, uma prefeitura que trabalhou nos anos anteriores com despesas maiores do que a receita. O que fez acumular dívidas. E quando a gente passou de transição para administração, aí nos surpreendemos ainda mais, porque era uma dificuldade muito maior. Nós chegamos ao número de mais de R$ 33 milhões de dívidas diretas. Mas o que me surpreendeu foi o fato de que não havia uma organização administrativa”, relata.

O prefeito aponta que a falta de organização administrativa foi um dos fatores para a cidade chegar à situação em que estava. O primeiro passo foi criar um modelo de administração igual a de uma empresa privada. “Tive que trazer várias ferramentas minhas de administração para identificar e solucionar os problemas. Com isso, eu consegui que a receita do munícipio fosse maior do que a despesa, o que é um grande passo. Depois, chamei todos os fornecedores para conversar e negociamos o que tínhamos capacidade, ficando atento aos negócios que eram mais importantes, como educação, saúde, prestação de serviço e etc”, explica.

Salários
Outro problema relatado pelo prefeito foram os pagamentos atrasados dos servidores, que estavam com o salário de dezembro e décimo terceiro pendentes. “Conseguimos acertar o décimo terceiro dos servidores e todos os pagamentos, inclusive a folha de dezembro que tivemos que parcelar em quatro vezes. Pagamos em três parcelas. Mantemos ainda o nosso compromisso de pagar o salário no último dia do mês para evitar problemas”, afirma.

Saúde
A área da saúde estava com muitos exames atrasados, conforme o prefeito Geraldo Hilário, que precisou criar uma estratégia para evitar que muitas pessoas continuam na espera por um atendimento. Hilário frisa que chegou à prefeitura com 42 mil exames parados e recorda que foi cassado, porque chegou em um momento como o de hoje, liberando exames. “Mas ninguém entendeu que estava fazendo o bem, só entenderam que eu estava comprando votos. E hoje estou de novo liberando os exames, por isso que já avançamos muito. Outro caso é que nós temos 16 equipes de Programa Saúde da Família montadas, mas não funcionavam nenhuma quando entrei. Eu tinha pessoas com função específica e estava exercendo outras funções. Desse jeito, o serviço não funciona mesmo. Então, por meio de uma organização da área da saúde nos permitiu que não existisse nenhuma exame pendente de janeiro até o momento”, revela.

O prefeito também reforça que com o modelo administrativo foi possível contratar 100 cirurgias de catarata para serem feitas ainda no mês de abril, por meio de um “mutirão”. “Existe uma demanda de 400 pacientes aguardando a cirurgia de catarata. Assim também com a mamografia. Hoje fazemos 40 mamografias por dia. Então o serviço está disponível, nós queremos zerar a demanda de exames de mamografia, trabalhando de acordo com Organização de Saúde”, informa.

UPA
Segundo o prefeito Geraldo Hilário, foram realizadas diversas reuniões com os médicos e já foi identificado o problema nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). “Um só plantonista não é suficiente. Está definido que, a partir de maio, teremos dois plantonistas, tanto de dia, quanto a noite. Da mesma forma que eu inaugurei a UPA em 2010. Então, isso vai contribuir para diminuir as filas nas UPAs”, comenta.
Geraldo Hilário apontou a organização administrativa como principal fator para desenvolvimentoGeraldo Hilário apontou a organização administrativa como principal fator para desenvolvimento

Segurança
Em relação à segurança na cidade, o prefeito informa que pelo quarto mês consecutivo, houve baixa nas taxas de envolvimento com homicídio. Além disso, o prefeito busca manter uma relação com Conselho de Segurança Pública (Consep) para aproximar os jovens da sociedade por meio de projetos sociais, afastando-os da criminalidade.

Educação
Hilário salienta que a educação é a grande base do governo. Ele informa que grande parte do projeto da escola integral está sendo expandida. “O ideal é que Timóteo tenha 100% das escolas de forma integral. Isso é um grande avanço. Nós também estamos trabalhando com a reforma das escolas. Temos muitas sem nenhuma capacidade de receber as nossas crianças, como a escola Virginia de Souza do bairro Alegre, que está em reforma e que até o meio do ano poderá receber novamente os estudantes”, vislumbra.

Complementação
Ao ser interrogado sobre a suspensão dos pagamentos de complementação, o prefeito explicou como enxerga essa situação dos aposentados. “Se pensar só ponto de vista do município, enxergaria isso como uma economia de aproximadamente R$ 800 mil. Só que vejo isso de uma maneira diferente, eu enxergo pessoas. Por isso estou junto aos servidores, fazendo reunião para achar uma solução, porque pode ser R$ 800 mil de economia, mas são 400 pessoas sofrendo”, salienta.

Licitações ao vivo
Sobre o caso da transmissão das licitações ao vivo, que gerou muita discussão por causa do veto do prefeito, foi esclarecido o motivo de tal ação. “Eu fui mal interpretado quando eu vetei a lei. Tem uma definição judicial que a Câmara não pode ter uma lei que gera custos. As leis que geram custo tem que ser de origem do Executivo, não do Legislativo. Então, quando nós vetamos, eu queria a segurança jurídica das leis do município de Timóteo. Mas eu não estava vetando transparência ou a possibilidade das pessoas saberem como estão sendo os processos licitatórios”, esclarece.

Obras
Para o prefeito, as obras que foram iniciadas não são poucas. “Esperar as eleições para fazer obras é muito injusto. Quando nós chegamos as obras não estavam ocorrendo por falta de administração. Inclusive uma delas, cujo o recurso era de R$ 547 mil, já tinha definição de devolução para o governo de Estado, porque passaram cinco anos e a obra não foi realizada. Então, as obras estão já estão em execução ou próxima de execução”, assegura.


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