19 de abril, de 2017 | 17:24
Dnit autoriza uso de agregado siderúrgico em rodovias federais
O material representa uma alternativa de pavimentação mais econômica em relação ao agregado natural
Divulgação/Usiminas
Alternativa para redução de custos na construção de estradas, material tem qualidade e segurança comprovada
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) divulgou Especificação Técnica Nacional que estabelece as condições técnicas para o fornecimento de agregado siderúrgico beneficiado, conhecido como Açobrita, para aplicação em rodovias federais. A informação é da assessoria de Comunicação da Usiminas. O material, originado do processo produtivo da indústria do aço, representa uma alternativa de pavimentação mais econômica em relação ao agregado natural, além de seguro e sem riscos ao meio ambiente. 
Conforme divulgado pela empresa, a Usiminas teve participação relevante nas iniciativas que levaram à aprovação de uma parceria do Dnit com o Instituto Aço Brasil, e que também teve envolvimento das siderúrgicas ArcelorMittal e Gerdau, e da Universidade de Brasília (UnB).
Com a Especificação Técnica, as siderúrgicas brasileiras poderão vender o agregado para uso em pavimentos rodoviários federais. É o caso, por exemplo, da BR-381, que tem potencial para consumir cerca de 2 milhões de toneladas do produto e é uma das principais rodovias federais nas proximidades da Usina de Ipatinga. A Usiminas também espera que este processo contribua para a liberação do uso do coproduto disponível na Usina de Cubatão (SP), pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Para atender a nova demanda, a Usiminas desenvolveu um produto mais aprimorado, denominado Siderbrita TOP, que segue os parâmetros técnicos, ambientais e as condições de aplicação estabelecidas pela Norma ABNT.
Conforme o coordenador do Projeto Açobrita e do Grupo de Trabalho Coprodutos da Usiminas, Henrique Hélcio Eleto dos Santos, o projeto Açobrita traz ao país ganhos em flexibilidade de atendimento, já que as obras rodoviárias apresentam altos custos econômicos e ambientais devido à grande demanda de agregados naturais não renováveis.
Além disso, há um benefício ambiental relevante, tanto em razão do processo de reciclagem e reutilização do agregado siderúrgico, quanto pela redução da necessidade de retirada de recursos como brita e areia da natureza”, afirma.
Para que o projeto fosse viabilizado, foram desenvolvidos trabalhos em equipe ao longo dos últimos 39 meses, envolvendo viagens, reuniões para análise e definição dos parâmetros técnicos e ambientais, estudos laboratoriais, experimentos de campo, elaboração e divulgação de uma Norma nacional - ABNT NBR 16364, e por fim, a elaboração e aprovação de duas Especificações Técnicas.
Potencial de aplicação
A malha rodoviária brasileira, composta por rodovias federais, estaduais e municipais, é uma das maiores no mundo, com uma extensão total de 1.720.755,7 km. Entretanto, apenas 12,3 % desse total são dotados de pavimentação, ou seja, 211.653,0 km (Dnit, 2015). Neste cenário, o Açobrita tem grande aplicabilidade no Brasil e uma grande capacidade de suprimento, uma vez que o país é o maior produtor latino-americano de aço e um dos maiores produtores mundiais.
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