14 de abril, de 2017 | 08:08

Redefina o valor da sua família

Kie Kume

Divulgação
A família e os pilares que a sustentam sofreram fortes abalos a partir de meados do século 20. Alguns deles foram determinantes e necessários para torná-la mais transparente, autêntica, para a preservação de seus valores e para mantê-la, tal como sempre foi chamada, um “ninho de amor” e porto seguro contra as inevitáveis tempestades da vida.

No afã de acumular dinheiro e riquezas, muitas vezes você pode se esquecer da importância que a família ocupa em sua vida. É nela que está quem mais o ama – a pessoa a quem você se uniu, os seus filhos, pais, avós, tios, sobrinhos, primos.

É muito importante termos determinação para conquistar o sucesso e construir uma carreira bem-sucedida. Devemos, sim, buscar sempre o melhor e construir uma poupança para nossa velhice e para a boa educação de nossos filhos. O autor japonês Ryuho Okawa, que acaba de lançar As Leis da Invencibilidade, diz que nem sempre o sucesso garante a felicidade. Por isso, devemos nos esforçar para que sucesso e felicidade andem juntos.

Muitos homens de negócios deixam de dar a devida atenção à felicidade de sua família e se esforçam apenas para progredir na carreira. É preciso manter uma vida de equilíbrio, ter aspirações nobres e trilhar o caminho do meio, nem sacrificando a felicidade pessoal e a dos que nos cercam em nome do sucesso, nem tendo uma atitude radicalmente oposta, abrindo mão do sucesso por julgar que isso garantirá a felicidade da família.

Quando falamos em caminho do meio, falamos em uma vida de equilíbrio entre o tamanho de nossa dedicação à carreira ou à empresa em que trabalhamos e o tamanho de nossa dedicação à família, aos cuidados com nossa saúde e educação, sem nos esquecer de investir no desenvolvimento de nossa própria espiritualidade. Felicidade é viver a vida em todas as suas dimensões e em sua plenitude.

Essa consciência se torna mais fortes quando, afetados por crises, nos voltamos para a vida pessoal, reavaliamos nossas condutas materialistas e a avidez pela riqueza ou poder, e nos voltamos mais para os valores religiosos. Para Okawa, “com o tempo as pessoas ficam mais introspectivas e começam a sentir que deveriam colocar um freio na ambição”. Ele observa que, com menos dinheiro para gastar com amigos e compromissos, cresce naturalmente a convivência com a família e a redescoberta de seus valores.

“Essa mudança pode proporcionar lições importantes. Assim como as pessoas somente dão o devido valor à saúde quando adoecem, os workaholics podem transformar o período de recessão em oportunidade para refletir sobre a vida que têm levado”, diz o mestre. O foco para uma vida baseada em valores interiores, deixando para trás a ostentação e extravagâncias, ajudará na compreensão do verdadeiro valor da espiritualidade e na redescoberta dos valores familiares.

Um dos três últimos desejos de Alexandre Magno (rei da Macedônia, 356-323 aC.), expressos pouco antes de sua morte, foi o de ser levado ao cemitério onde seria enterrado com as mãos estendidas para fora do caixão, para que as pessoas soubessem que viera ao mundo de mãos vazias e que de mãos vazias sairia, mesmo após suas grandes vitórias militares e conquistas. 

Verdade ou lenda, o episódio confirma que devemos sempre lutar para buscar o sucesso, mas com a consciência de que somente levaremos desta vida as riquezas espirituais acumuladas, em especial o amor e a felicidade que tivermos compartilhado com nossa família e com as que pessoas com as quais convivemos. É também a mais valiosa herança que deixaremos.
 
* Gerente da editora IRH Press do Brasil, que publica em português as obras de Ryuho Okawa.(http://okawalivros.com.br/)
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