10 de abril, de 2017 | 11:34
Artesanato mineiro movimenta economia
Em sua casa, em Belo Horizonte, Euziléia Oliveira, 48 anos, dedica seus dias ao ofício aprendido com as tias ainda criança: o artesanato. Desde pequena aprendi a fazer trabalhos manuais, pois tive uma criação mais antiquada, na qual as mulheres tinham que ser prendadas e fazer de tudo”, conta.Porém, assim eu descobri uma paixão, principalmente pelas tintas e pincéis. Tenho muita satisfação ao transformar materiais simples em arte, em algo funcional e belo”, completa.
Euziléia é uma entre milhares de pessoas, em Minas Gerais, que vivem da renda obtida com o artesanato. São 300 mil artesãos no estado, onde a cadeia produtiva movimenta cerca de R$ 2,2 bilhões por ano. Mas destes, não mais que 2.900 estão registrados no Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB) e possuem a Carteira Nacional do Artesão e do Trabalhador Manual, o documento que identifica os profissionais desse segmento.
Razão pela qual Thiago Tomaz Chaveiro, coordenador de Artesanato do Núcleo de Artesanato da Secretaria de Estado Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), afirma: A nossa prioridade agora é cadastrar o artesão mineiro. Quanto mais profissionais tiverem a carteira, mais saberemos a real situação da categoria”.
Para Euziléia, que se cadastrou no mês passado, a carteira se traduz na expectativa de aumentar sua renda. Artesã há dez anos, seu carro-chefe é a pintura em cabaça e gesso. Crio peças diferentes e únicas. Transformo os materiais em bonecas, animais, fruteiras, luminárias”, conta ela, que já tem cartela de clientes formada e vende para todo o país.
Para fazer a Carteira Nacional do Artesão, o profissional deve procurar a Secretaria de Estado Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), no Núcleo de Artesanato, pelo telefone (31) 3915-2938.
O artesão precisa levar RG, CPF, um comprovante de residência, foto 3x4 colorida e fazer uma prova de habilidade manual. Este procedimento é realizado exatamente para proteger a categoria, barrando pessoas que querem se passar por artesãos.
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