10 de abril, de 2017 | 11:21

Pesquisa Aplicada favorece o ambiente

Cenibra desenvolve sistema para recomendação de irrigação e plantio

ACS Cenibra
A demanda de água pelas mudas é variável conforme o diaA demanda de água pelas mudas é variável conforme o dia
O estabelecimento do plantio é a fase mais crítica da condução de um povoamento de eucalipto. Se o plantio não for bem feito o potencial produtivo será comprometido, impactando negativamente no custo da madeira. Esse comprometimento pode acontecer tanto pela redução da sobrevivência das mudas quanto pelo aumento da heterogeneidade do plantio (aumento do número de plantas dominadas).

Vários trabalhos realizados na Cenibra e em outras empresas mostraram que a principal causa da mortalidade e do crescimento não uniforme das mudas na fase de estabelecimento do plantio é o suprimento inadequado de água no primeiro mês de cultivo.

A demanda de água pelas mudas é extremamente variável ao longo dos dias, podendo variar entre 0 a 6 o número de irrigações necessárias para um bom estabelecimento dos plantios. O desafio da equipe de Pesquisa Florestal da Cenibra foi desenvolver uma metodologia que indicasse, com antecedência, o número de irrigações e o intervalo entre elas, a fim de garantir um bom estabelecimento dos plantios sem o consumo excessivo de água.

A fundamentação teórica para a definição da metodologia de recomendação partiu do conceito da evapotranspiração acumulada e do balanço de água no solo. Vários experimentos de campo foram conduzidos para validar os parâmetros da metodologia. Após consolidar a metodologia foi desenvolvido um sistema de recomendação que indica a necessidade de irrigação em todas as frentes de plantio da empresa.

ACS Cenibra
O cuidado inicial resulta em florestas mais adequadasO cuidado inicial resulta em florestas mais adequadas
A recomendação é feita a partir do processamento diário de dados climatológicos obtidos nas 10 estações meteorológicas automáticas da empresa. A partir desses dados, é feita uma estimativa da demanda de água diária das mudas e da reserva de água no solo. O sistema também informa se a estrutura de irrigação disponível nas regiões da Cenibra é capaz de atender o ritmo de plantio planejado ou se há necessidade de adequação nesse ritmo de plantio.

Com uso dessa ferramenta, desenvolvida a partir de bases cientificas (teóricas e validadas experimentalmente), houve a padronização no critério de definição da necessidade de irrigação, contribuindo para melhorar o planejamento da demanda e da gestão dos recursos utilizados na atividade de irrigação (caminhões e equipes de irrigação), resultando na melhoria na qualidade dos plantios e no uso da água de modo otimizado.

Bioindicadores ambientais
Os anfíbios, que incluem os sapos, rãs e pererecas, além do importante papel na cadeia alimentar, são excelentes bioindicadores ambientais, ou seja, sua presença num determinado local funciona como indicador de que o ambiente está em equilíbrio ecológico.

A atuação como organismos bioindicadores se dá pelo fato de serem animais altamente sensíveis às alterações ambientais, pois dependem de ambientes aquáticos e terrestres em bom estado de conservação. A espécie de Perereca Phyllomedusa rohdei é um anfíbio da família Hylidae endêmica no Brasil, muito conhecida na região sudeste do país, onde habitam regiões úmidas de baixa altitude. Essa espécie é frequentemente observada nas áreas preservadas pela Cenibra.

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ACS Cenibra
O controle do ciclo produtivo favorece os mananciais de águaO controle do ciclo produtivo favorece os mananciais de água
Gestão das Águas
Uma organização com sistemas integrados (fábrica e floresta), a Cenibra desenvolve uma série de ações no sentido de monitorar parâmetros ambientais que sirvam como indicadores de qualidade para uma avaliação e acompanhamento das atividades operacionais. As áreas da empresa produzem mais água do que o processo de fabricação de celulose necessita, caracterizando assim um balanço favorável à disponibilidade hídrica.

Ao longo dos anos a Cenibra tem buscado a otimização do processo de produção de celulose. Sempre com o objetivo de reduzir o consumo de água, por meio da implantação de projetos ambientais e inovações tecnológicas. Atualmente, 95% do que é captado e utilizado no processo de fabricação da celulose retorna ao Rio Doce, após passar pela Estação de Tratamento de Efluentes da Cenibra, composta por sistemas de pré-tratamento, tratamento primário e tratamento secundário, sendo o último por processo biológico de lodo ativado.

Programas de monitoramento de água, solo, fauna e flora são gerados em parceria com universidades e organizações não-governamentais. Os resultados destes monitoramentos são considerados no planejamento das atividades operacionais, bem como na definição de estratégias de conservação e proteção do patrimônio natural da empresa, composto por mais de 103 mil hectares de matas nativas.

Esta área (maior do que os 20% exigidos por Lei – Código Florestal) é povoada por uma rica fauna silvestre e conta com inúmeros lagos e cursos d’água. Elas abrigam mais de 4.500 nascentes, que fornecem água para as comunidades vizinhas da Cenibra e mantém a biodiversidade das áreas.
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