04 de abril, de 2017 | 11:21

O valor da palavra

Logosofia

O estado de desorientação em que caiu a humanidade deve-se, precisamente, ao desconhecimento da vida dos pensamentos, unindo-se a isto ter se extraviado – diria –, pelos caminhos do mundo, um dos maiores valores que o homem possui; esse valor é a palavra. Pela palavra entenderam-se os seres e por ela vai se formando o conceito de cada um; a palavra representa nada menos que a dignidade humana.

Desafortunadamente, quem dá valor à palavra pronunciada? Quem é que pode dizer, uma vez que as pronunciou, que essas palavras foram suas? Quem garante a paternidade do pensamento que as guiou? Só pode fazê-lo quem é consciente da responsabilidade que encerram e o que é capaz de confessar, depois, que as palavras vertidas lhe pertencem.

É sabido que a maioria nega tudo quanto disse, se o dito não está de acordo com o que lhe convém nesse momento, e o nega com a mesma facilidade com que emite as suas palavras. Não somente se negam as palavras, senão também costumam ser negados as promessas e os juramentos.

Um grande capital que se tem desperdiçado:
As palavras que um indivíduo pronuncia são, precisamente, as que podem produzir-lhe sua desdita ou sua desgraça. Se são vertidas sem tê-las pensado e sem ter a anuência da consciência, produzem desgaste de energias, absorvendo as reservas do ser, e quando este, nos momentos culminantes da sua vida, em momentos de premência, de necessidade, de dor, quer recorrer as suas palavras, encontra em seu redor o vazio, porque ninguém lhe dá crédito. Eis aí porque tem tanto valor a palavra pronunciada.

Quantos jogam com ela, sem pensar que nesse jogo saem sempre perdendo. Daí que o conhecimento promova um movimento mental tendente a frear os pensamentos, para que surja, serena, a reflexão; para que o homem seja dono de si mesmo; para que saiba que as palavras constituem um grande capital que não se deve desperdiçar, que não deve ser malgastado e que deve empregar-se sempre para fazer o bem, para construir e para os mais elevados fins a que o ser humano possa aspirar.

A palavra circula como circulam os pensamentos. Porém, enquanto os pensamentos podem muitas vezes atuar ocultamente, a palavra não; e se cada um, recorrendo à memória, reconstituindo sua vida, reparasse quanta energia desperdiçou, quantas palavras verteu inútil e até prejudicialmente, compreenderá então que, ao viver esta nova vida, suas palavras devem ter sempre a aprovação da consciência.

Do Livro Introdução ao Conhecimento Logosófico, de González Pecotche.
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