04 de abril, de 2017 | 10:33

O papel do equipamento sem fio na engenharia clínica

José Rubens Almeida

Divulgação
Não há mais dúvidas sobre o papel desempenhado pela tecnologia na vida das pessoas. E também não há mais dúvidas que a tecnologia tende a ocupar cada dia mais um papel determinante nos grandes avanços conquistados em todos os níveis do conhecimento. Por essas razões, meios eficazes de promover a inovação tecnológica vêm sendo amplamente debatidos no cenário atual. Manufatura avançada, internet das coisas, tecnologia disruptiva, todo dia surge algo que desconsidera às vezes toda a cultura e hábitos de consumo.

Se isso é importante em todas as áreas do conhecimento, imagine na área da saúde, onde um segundo na agilidade do atendimento pode determinar a vida de uma pessoa ou a perda dela. Contar com dispositivos de atendimento por radiofrequência, que podem chamar médicos e enfermeiras no quarto em caso de emergência em hospitais e UTI’s significa uma disrupção em relação a equipamentos que dependem de fios, tomadas elétricas e transmissão pelos métodos energéticos tradicionais.

Muito utilizado em hospitais e casas de repouso, o equipamento sem fio Psiu Clínica surgiu no Brasil junto com uma nova modalidade profissional, a engenharia clínica, que deve especificar esses produtos em projetos de saúde, como forma de garantir que o atendimento seja feito de maneira rápida, eficaz e limpa, uma vez que dispensa fiação.

Já bastante evoluído no mundo, mas ainda engatinhando no Brasil, esse é o profissional que cuida do que é chamado de “ciclo de vida” da tecnologia e dos equipamentos hospitalares. Participa do processo de aquisição dos mesmos desde o início, sendo responsável pelo recebimento e manutenção – preventiva e corretiva -, testes de aceitação e treinamento de pessoal.

MERCADO
De acordo com a Confederação Nacional de Saúde, em abril de 2015 o Brasil tinha cerca de 500 mil leitos nos quase 7 mil hospitais.  Com a engenharia clínica obrigatória, houve crescimento na demanda e muitos estão vendo na implantação desses processos uma significativa melhora nas condições dos pacientes e do atendimento de uma maneira geral. Outra preocupação dos engenheiros clínicos é com o gerenciamento de resíduos sólidos da instituição.

O profissional deve programar o descarte dos materiais, baterias, lâmpadas, partes e peças usadas, equipamentos desativados e qualquer material técnico gerado da atividade.

Num nível mais abrangente, o profissional é responsável pelo planejamento, gerenciamento e treinamento em sistemas de equipamentos médico-hospitalares, possibilitando o controle dos processos de gestão hospitalar, de manutenção e de incorporações tecnológicas.

Seu trabalho está diretamente relacionado à otimização dos recursos financeiros, redução dos dispêndios e com a qualidade dos serviços, bem como definição e execução de políticas e programas em toda a gestão da tecnologia da saúde, incluindo gerenciamento de risco, melhorias na qualidade, atendimento à demanda de pacientes e otimização da produtividade de todos os funcionários. As questões financeiras também são atribuições para o profissional.

Engenheiros clínicos podem transformar a gestão de um hospital menos custosa e muito mais eficiente e os sistemas de atendimento podem ajudar muito nesse processo.

*Graduado em ciências da computação e diretor da AGM Automação, que produz equipamentos de chamada sem fio para utilização hospitalar. www.psiugarcom.com.br.
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