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30 de março, de 2017 | 10:37

A atuação das empresas na era do talentismo  

Wellington Rodgério  

Divulgação
No atual cenário em que vivemos, com crise financeira em diversos países, catástrofes ambientais e diferenças sociais, engana-se quem acredita que esses problemas são exclusivos dos governantes. Está mais do que na hora de todos enxergarem que já ultrapassamos há tempos a era em que a iniciativa privada não prestava atenção nessas questões. E mais, as empresas que não discutem e não se preocupam com os problemas do mundo ao seu redor estão fadadas ao fracasso.

As companhias que pensam somente em gerar lucros têm de se reinventar. É preciso enxergar que empresas são agentes de mudanças, que também possuem um real compromisso com a sociedade, devem participar ativamente, extrapolar as exigências do capitalismo e ter um reposicionamento de comportamento empresarial.

A mudança de paradigma do sistema que vivemos está em um termo conhecido como “talentismo”, ou seja, no fato de pensar no conjunto da obra, e não apenas na organização em si. A finalidade desse novo conceito é a capacidade de inovar e circular ideias por meio do talento, da educação e do empreendedorismo, sempre com uma visão clara de compromisso junto à sociedade, ao meio ambiente e às causas sociais que envolvem a realidade ao seu entorno, seja na cidade ou no país todo. Isso significa um reposicionamento do comportamento empresarial.

Para compreender um pouco melhor, todos os anos o Fórum Econômico Mundial reúne chefes de governo, representantes empresariais e de bancos, entre outros executivos, com o intuito de debater temas presentes e propor caminhos para o futuro. Porém, é claro, nada adiantará se essas questões não saírem do papel.

Além de colocarem as iniciativas em prática, as organizações precisam seguir os "Dez Objetivos do Pacto Global", iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) elaborada sobre os pilares dos direitos humanos, princípios e direitos fundamentais no trabalho, respeito e preservação do meio ambiente e o combate à corrupção. A missão do Pacto Global é engajar as empresas para que aceitem as metas propostas, apoiem e busquem alcançá-las dentro de suas dependências e também nas esferas de influência.

O “talentismo” nada mais é que a valorização de uma empresa ao seu capital humano, seja da equipe de colaboradores, da carteira de clientes ou da comunidade, que, de alguma forma, participa de sua atuação. Toda companhia que atua no cenário moderno do capitalismo deve estar de acordo com esse conceito e perceber que as pessoas são mais importantes que o dinheiro.
 
* Diretor financeiro do Grupo Sabará - tecnologias, soluções e matérias-primas de alta performance para tratamento de água, cosméticos, nutrição, alimentos, bebidas e saúde animal.
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