18 de março, de 2017 | 09:08
O esforço resulta em sucesso
Unieco e Cenibra contribuem para formação de estudante de Peçanha
A Unidade de Integração Empresa Comunidade (Unieco), em Peçanha (MG), é um centro de vivência e educação ambiental.O objetivo maior é conscientizar as comunidades com relação às questões ambientais contemporâneas, além da importância ambiental, social e econômica de uma empresa de base florestal, os aspectos técnicos e ambientais da cultura do eucalipto e suas utilidades como matéria-prima para uma série de produtos presentes no dia a dia.
Além disso, tem se tornado um importante espaço de apoio para os estudantes da região.
Um exemplo é Izailda Barbosa dos Santos, recém-formada em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa, que agora também é estudante de mestrado nos Estados Unidos, com bolsa concedida por universidade americana.
Ela é natural de Peçanha, onde morou até concluir o ensino fundamental e se mudar para São João Evangelista, onde cursou o ensino médio no Instituto Federal. Ela foi aprovada perla Auburn University (EUA), para um mestrado na área de Fitopatologia. Além disso, também foi aprovada para o mestrado em Entomologia na UFV.
Esforço pessoal
Filha de José Geraldo Pinto dos Santos e Terezinha Barbosa dos Santos, Izailda começou a usar o espaço Unieco em 2005, quando ainda tinha 14 anos, com empréstimos de revistas e livros de literatura.
Em 2010 passou a ir ao local quase diariamente, pois havia se formado no IFMG - São João Evangelista - Curso Técnico Agrícola, estava desempregada e queria estudar para prestar vestibular. Assim, tinha acesso aos livros didáticos, e passava horas no local estudando.
Ela também deu aulas particulares no Unieco, para complementar a renda, pois os pais residem na zona rural e ela morava na cidade com uma irmã. Izailda prestou vestibular para o IFMG (São João Evangelista) e para a UFV (Viçosa), optando por Viçosa porque lá havia alojamento para estudantes do Curso Superior.
Sobre o acesso e a permanência no ensino superior no Brasil, a peçanhense acredita que um dos fatores limitantes ao acesso à universidade é a falta de conhecimento da população, principalmente das pessoas com baixa renda.
Por exemplo, muitos ainda não sabem que é possível ter estudo gratuito e de qualidade através da universidade. Além disso, muitos vieram de um ensino médio e fundamental com baixa qualidade e têm poucas chances de conseguir uma boa nota no Enem, não ingressando na universidade.
Porém, quando esses estudantes conseguem entrar, enfrentam grandes dificuldades para se adequar a um ensino com nível mais elevado do que tiveram antes”, afirma.
Para ela, o esforço pessoal e o incentivo familiar também importa no processo. Muitos estudantes carentes não têm incentivo da família para continuar estudando, principalmente porque o estudo nunca fez parte da realidade dessa família”.
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