17 de março, de 2017 | 09:52

Cores pelos caminhos

Luiz Carlos Amorim

Divulgação
Voltando de Santos, de um cruzeiro no navio Costa Fascinosa - que não recomendo -, em fevereiro, fiquei extasiado com o espetáculo descortinado diante de meus olhos ávidos de cor e luz. Falo do jacatirão nativo que vejo explodir em flores no fim da primavera e no verão, aqui em Santa Catarina e no Paraná, onde os vejo sempre.

Sabia que eles existiam pelo Brasil afora e agora sou testemunha: eles são belíssimos e em grande quantidade nas matas cortadas pelas rodovias do norte do Paraná e principalmente em São Paulo. Depois de Registro e até perto de Santos, o quadro é de uma beleza grandiosa: o jacatirão domina a paisagem, enchendo a mata verde de manchas vermelhas.

Considerava-me privilegiado em ter a profusão de flores de jacatirão no verão, no norte e nordeste da nossa Santa e sempre bela Catarina, mas fico feliz de saber que o privilégio não é só nosso, que os paulistas também são abençoados pela Mãe Natureza com essas árvores generosas e majestosas.

Há, também, os flamboyants vermelhíssimos pelos caminhos, além de primaveras enormes e muito floridas, mas nada que se compare aos jacatirões, que espalham suas incontáveis flores pelas florestas que se espraiam pelos lados das rodovias paulistas, paranaenses, catarinenses. E, quiçá, de tantos outros estados.

Impossível é não vê-las e não admirá-las, árvores singelas e majestosas ao mesmo tempo, a balançarem seus galhos pejados de flores que vão do branco ao vermelho, algumas pendendo para o lilás.

Elas estão lá, no nosso caminho, mostrando que a Mãe Natureza ainda nos ama, a nós, seres humanos, que desdenhamos tanto dela, que a menosprezamos tanto. Mas é preciso, repito mais uma vez, olhar e ver. Algumas coisas belas estão sempre ao alcance dos nossos olhos, sempre no nosso caminho e, de tão presentes, acabamos não vendo.

Olhamos e não vemos. Temos de olhar e ver, para atribuir-lhes o devido valor e preservá-las, ou ao contrário podem não estar mais lá amanhã.

Então, irmãos de todos os lugares, verão é tempo de jacatirões, de flamboyants, de primaveras floridas. Não deixem de vê-los. São espetáculos gratuitos e enchem os olhos e o coração.

Escritor, editor e revisor, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, cadeira 19 na Academia Sul-Brasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br - http://www.prosapoesiaecia.xpg.uol.com.br.
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