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14 de março, de 2017 | 18:42

Réus e testemunhas em processo sobre extorsão de padre são ouvidos em Caratinga

Entre os acusados está um vereador, preso desde 19 de dezembro. Outros três acusados estão presos desde 27 de novembro

Diário de Caratinga
Entre os réus no processo está o vereador reeleito, Ronilson Marcílio Entre os réus no processo está o vereador reeleito, Ronilson Marcílio
Testemunhas e os réus de um processo que investiga uma tentativa de extorsão a um padre em Caratinga foram ouvidos esta semana, na Justiça. Entre os acusados está um vereador, preso desde 19 de dezembro. Outros três acusados estão presos desde 27 de novembro. Todos foram ouvidos na audiência com duração de sete horas, na segunda-feira (13).

Consta na denúncia do Ministério Público Estadual, com base na apuração da Operação Bolso Cheio, da Polícia Civil, que os quatro investigados, o vereador Ronilson Marcílio Alves, de 42 anos, Bruno dos Anjos Freitas Rabelo, de 33, Giorge de Carvalho Lima, de 37, e Alessandro Augusto Teixeira Pinheiro, de 27, formaram uma organização criminosa para praticar o crime de extorsão contra o padre José Antônio Nogueira, então provedor do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Um dos acusados teria gravado um vídeo intimo com o religioso e tentava obter um pagamento em dinheiro para não divulgar o vídeo na internet. Conforme o MP, os investigados teriam exigido, inicialmente, R$ 200 mil para não divulgar o conteúdo do vídeo. Desde então, a justiça negou os pedidos de habeas corpus impetrados em favor dos acusados, que aguardam presos o andamento do processo criminal. A justiça ouviu, na segunda-feira (13), as testemunhas de acusação e defesa e interrogou os réus. O padre José Antônio Nogueira participou da audiência e também prestou depoimento. A expectativa é que, em 20 dias, os acusados voltem ao tribunal para a conclusão do processo. Todos os suspeitos retornaram para o Presídio de Caratinga.

O vereador reeleito Ronilson Marcílio Alves, de 42 anos, que fugiu quando o caso foi descoberto pela polícia, foi preso na região serrana do Rio de Janeiro. Apesar de recolhido à prisão, o político foi diplomado por procuração pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e tomou posse no dia 3 de janeiro de 2017, vestindo o uniforme do sistema prisional e sob escolta. Reeleito pelo (PTB) em 2 de outubro passado, com 854 votos para o mandato de 2017-2020, o vereador ainda detém o cargo, mas não pode participar das sessões do Legislativo. A mesa diretora informou que o regimento interno prevê a “licença automática” do vereador. Nesse período não exerce o mandato nem recebe os subsídios.

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