11 de março, de 2017 | 10:33

Clássico é atração

Divulgação
A maior atração nesta rodada do nosso estadual é o clássico de hoje, América x Cruzeiro, no Independência, onde mais uma vez fica exposto o atraso dos nossos cartolas, pois este jogo deveria ser no Mineirão, onde levaria no mínimo 30 mil pessoas, gerando mais conforto, segurança para jogadores e torcedores, além de melhor arrecadação. Mas... vá entender a cabeça dessa gente.

Segundo o noticiário do América, o técnico Enderson Moreira está na dúvida se escala dois ou três zagueiros, neste caso adotando um esquema cauteloso e tentar parar o ataque celeste. No Cruzeiro, que tem um time muito arrumado taticamente, o técnico Mano Menezes não tem problema algum e vai escalar o time considerado titular.
Se o Cruzeiro, que é o favorito para vencer este clássico, repetir as últimas boas atuações no estadual e Copa do Brasil, o Coelho não escapa e pode preparar o lombo para levar outro “sapeca-iá-iá”.

Quanto à má estreia do Galo na Libertadores, ficando só no empate contra o modesto Godoy Cruz, na Argentina, não me causou surpresa, e a melhor definição de tudo o que aconteceu na última quarta-feira foi do companheiro Chico Maia, que escreveu no seu blog: “Um jogo desses de dar “calo nas vistas”, que mais parecia confronto pelo Campeonato Mineiro numa noite de sábado”.

Isso mesmo. O Atlético teve quase 60 dias de preparação, sob o comando do técnico Roger Machado, para mostrar o mesmo futebol chinfrim, burocrático e sem brilho do Campeonato Mineiro, onde é líder com 100% de aproveitamento graças a um tropeço do rival Cruzeiro e da fraqueza dos times do interior.

A defesa alvinegra não melhorou nada em relação às temporadas anteriores, ao contrário. Agora, além da “avenida” Marcos Rocha, ganhou outra no lado esquerdo, onde Fábio Santos se manda para o ataque e, como não tem cobertura eficiente dos dois volantes, deixa um espaço por onde os adversários deitam e rolam.

Por conta também da má qualidade dos adversários no seu grupo da Libertadores, o Galo dificilmente deixará de se classificar para a fase de mata-mata, mas se não evoluir, não melhorar muito o conjunto da obra, periga cair logo de cara. E não é pouco! É muito mesmo.

Os clubes brasileiros terminaram a semana invictos na Libertadores, com destaque para a goleada de 4 x 0 do Flamengo sobre o San Lorenzo, da Argentina, na sua volta ao Maracanã, que recebeu mais de 60 mil pessoas, o maior público do ano no país inteiro. O Grêmio também mostrou a sua força, ao derrotar o Zamora, na Venezuela, por 2 a 0, mesmo desfalcado de vários titulares importantes, como o zagueiro Geromel e o meia Douglas.

O Santos, prejudicado pelo assoprador de apito, ficou apenas no 1 x 1 contra o Sporting Cristal, no Peru, mesmo placar do Palmeiras, que teve o jogo mais difícil contra o Atlético de Tucumán, por ser na Argentina e pelo entusiasmo que tomou conta da torcida adversária , após a classificação heroica e improvável desta equipe modesta obtida na Colômbia.

Nos jogos de ida da terceira fase da Copa do Brasil também houve supremacia dos clubes chamados “grandes”, que mandaram para longe as temidas “zebras” que costumam surgir nesta competição. Cinco gigantes, ou clubes mais tradicionais do futebol brasileiro - sobretudo o Cruzeiro, que fez 2 x 0 no Murici com o seu péssimo gramado -, conquistaram bons resultados e estão agora em posição confortável para os jogos de volta nesta quarta-feira.

Apenas terão de administrar a vantagem alcançada para passar à quarta fase, que será a última antes das oitavas de final, reunindo os oito times que disputam a Copa Libertadores.

Só mesmo o Barcelona para conseguir uma façanha dessas: vencer por 6 a 1 o milionário Paris Saint-Germain, na Liga dos Campeões, revertendo uma desvantagem de uma derrota sofrida na casa do adversário por 4 a 0. Era inimaginável, para mim, que num mata-mata decisivo de dois jogos o time que ganhasse o primeiro por 4 a 0 fosse eliminado no segundo. E só não pra mim.

Acho que para a maioria absoluta dos torcedores, crônica e críticos em geral pelo mundo afora, ninguém acreditava. O saudoso Gentil Cardoso imortalizou a expressão: “Futebol é uma caixinha de surpresas”. Claro que tinha e tem razão, mesmo porque viveu numa época (décadas de 60/70) onde havia um time bem parecido com este Barcelona, capaz de façanhas memoráveis e, sem fazer comparações, até mais incríveis, que foi o Santos de Pelé.

Não se pode deixar de dizer também que a virada histórica e sensacional do Barça foi muito facilitada pela atuação medrosa, passiva, conformada e subalterna do PSG, que praticamente desistiu de jogar. Tenho minhas e muitas restrições ao trabalho e à personalidade do ex-técnico Vanderlei Luxemburgo, mas uma frase sua ilustra e se encaixa como uma luva para definir o que houve com o time francês no Camp Nou: “O medo de perder tira a vontade de ganhar”. (Fecha o pano!)
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