07 de março, de 2017 | 06:00
Em jantar, Temer discute com parlamentares estratégias para a PEC da Previdência
"Não dá para pensar em não ter idade mínima de 65 anos de jeito nenhum”, afirma relator da proposta em tramitação na câmara
Divulgação
O presidente Michel Temer tem compromisso com a reforma da previdência e mobiliza apoio para aprovação no congresso
O presidente Michel Temer tem compromisso com a reforma da previdência e mobiliza apoio para aprovação no congresso
O presidente Michel Temer colocou seus ministros à disposição dos partidos da base aliada para esclarecerem dúvidas sobre a reforma da Previdência, proposta que está em discussão no Congresso Nacional. Em reunião na noite desta segunda-feira, no Palácio da Alvorada, Temer e os parlamentares discutiram estratégias de comunicação e convencimento da sociedade sobre a necessidade da reforma, segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Trípoli (SP).
A proposta enfrenta forte resistência entre os parlamentares, que temem pelos efeitos negativos da decisão a ser tomada. Nesta segunda-feira (6), o relator da proposta da reforma da Previdência, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), defendeu a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.
Não dá para pensar em não ter idade mínima de 65 anos de jeito nenhum”, disse Maia, ao deixar o Ministério da Fazenda, em Brasília, após reunião com o ministro Henrique Meirelles.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP) informou que alguns partidos solicitaram a presença de ministros nas reuniões de bancadas. Os parlamentares e integrantes do governo, porém, não chegaram a entrar em detalhes sobre os pontos polêmicos da proposta.
"Você tem uma série de sugestões que vão aparecendo com o tempo durante o processo de discussão. Acho que depois vai ser levada ao governo para saber se está dentro do que o governo pretende fazer para que a gente possa ter um ajuste financeiro no país", afirmou.
Durante pouco mais de uma hora, os deputados e lideranças do governo no Congresso ouviram explicações dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Planejamento, Dyogo Oliveira, e da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, além do Secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano. Depois, os parlamentares e ministros participaram de um jantar com o presidente.
De acordo Trípoli, algumas questões da reforma trabalhista, que também tramita no Congresso, foram discutidas no encontro. O deputado defendeu a necessidade de os partidos buscarem o máximo possível de consenso interno para depois discutirem as divergências com a presença dos ministros.
Segundo ele, porém, não deve haver nenhuma grande modificação” na proposta enviada pelo governo. "Não acho que seja algo que vai prejudicar a essência do projeto. O que você pode ter é um pequeno acerto de um ou outro item que consta no projeto. O projeto já foi decantado, debatido, demonstrado, publicado. Todo mundo conhece. Então, eu não vejo muita dificuldade. Acho que vamos buscar e encontrar o resultado o mais rápido possível", disse, complementando que não deve haver alteração nos cronogramas previstos anteriormente para a votação das matérias. (Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil)
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