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01 de março, de 2017 | 06:21

Campanha da Fraternidade reflete sobre os biomas brasileiros

Cultivar e guardar a criação” - lema de campanha alerta sobre preservação ambiental e o impacto da degradação da natureza sobre a população

Encontro dos rios Piracicaba (E) e Doce. À esquerda uma parte do bairro Cariru (Ipatinga). No centro, a ponta do Parque Estadual do Rio Doce, reserva da Mata AtlânticaEncontro dos rios Piracicaba (E) e Doce. À esquerda uma parte do bairro Cariru (Ipatinga). No centro, a ponta do Parque Estadual do Rio Doce, reserva da Mata Atlântica

Começa nesta quarta-feira(1º), a Campanha da Fraternidade 2017. A Igreja Católica aproveita o período da quaresma e propõe um tema e um lema para reflexão. O tema desse ano “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema da campanha é inspirado no texto do Livro de Gênesis 2,15: “Cultivar e guardar a criação” tem como objetivo geral, despertar a consciência de todos para “cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do evangelho”.

A expressão “bioma” vem de “bio”, que em grego quer dizer “vida” e “oma”, sufixo também grego e significa “massa, grupo ou estrutura da vida”. Dessa forma, “bioma é um conjunto de vida, animal e vegetal constituído pelo agrupamento de tipos vegetação identificável em escala regional com condições geoclimáticas similares e história compartilhadas de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria”.

São seis os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Pampas, os quais pela ação desordenada e irresponsável do homem coloca em risco a sobrevivência da nossa própria espécie. Do bioma Mata Atlântica, por exemplo, que originalmente abrangia 17 estados brasileiros, resta apenas 8,5% da área original de 1.315.460 km².

As consequências dessa situação estão presentes entre os moradores dessas áreas, em forma de enchentes, temperaturas cada vez mais altas, inconstância de chuvas (com a consequente diminuição dos mananciais que abastecem as cidades), entre outros desastres naturais.

No entanto, o bioma Mata Atlântica ainda guarda riquezas naturais e tem poder de regeneração. As iniciativas de preservar o que resta e tentar regenerar o mínimo para não faltar água e regular o clima, ainda é uma esperança viva.
Com base nesses conhecimentos, a Campanha da Fraternidade convoca os cristãos à reflexão e à tomada de posição para que a preservação desses sistemas de fato aconteça. Precisamos tomar uma atitude para preservar a criação e deixar um futuro saudável e esperançoso para as próximas gerações.

Cada cristão é convidado a agir de forma bem particular, de modo que cada um, a partir do bioma em que vive e em relação com os povos originários desse bioma, faça o discernimento de quais ações são possíveis, e entre elas quais são as mais importantes e de impacto mais positivo e duradouro.

No Vale do Aço
A abertura da Campanha da Fraternidade na Região Pastoral III da Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano ocorrerá no domingo (5) às 8h, na avenida Maanain, no Bairro Iguaçu.

Às 9h será celebrada uma missa campal pelo bispo dom Marco Aurélio Gubiotti. Haverá caminhada penitencial com três pedidos de misericórdia, e chamada à atenção para a necessidade de proteção dos biomas e a defesa da vida.

A escolha do local da concentração e missa (avenida Maanain, próximo ao Parque Ipanema) é uma referência às antigas nascentes que existiram no local e que foram soterradas para dar lugar à ocupação humana. (Com informações da Pastoral da Comunicação)
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