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25 de fevereiro, de 2017 | 11:47

Novos valores

Divulgação
É carnaval! Bons tempos aqueles dos bailes no Clube Municipal, em Tarumirim, minha terra natal, onde as famílias brincavam e se divertiam juntas no carnaval, civilizadamente, mesmo que sob O efeito de muito álcool e lança-perfume.

Mas hoje os valores são outros, mudaram, e nós evoluímos não é mesmo? Então, aí está o resultado: após quase sete anos preso pela morte de sua amante, Eliza Samudio, o goleiro Bruno, ex-Galo e ex-Flamengo, está livre de novo, por uma decisão liminar do ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que alegou ser o réu primário, tendo, assim, o direito de aguardar a decisão sobre o recurso do seu julgamento em liberdade.

Nada de anormal, pois qualquer acusado que seja réu primário pode se valer desse benefício previsto em nossas precárias leis penais. Mas porque a medida só veio depois do caso ter saído do foco da imprensa, o que fez diminuir o interesse e o clamor popular de justiça da população?

Outro fato que chamou a atenção foi registrado quarta-feira passada, no Paraguai, onde o jogador Carlos Alberto, do Atlético-PR, foi vítima de insultos racistas por parte da torcida do Capiatá, um clube desconhecido para nós, além de insignificante para o resto do mundo.

A Conmebol, promotora e organizadora da Libertadores, e cuja sede também fica no Paraguai, fez o que sempre faz quando se trata de punir casos simples ou graves como este, envolvendo torcedores de clubes dos países “hermanos”: calou-se solenemente. E foi um silêncio de fazer inveja aos mais tradicionais conventos franciscanos.

Então, aqui vamos nós! Ou melhor, nem todos. Este escrevinhador de quimeras já abdicou faz tempo da folia momesca, trocada pelas delícias e prazeres dos retiros que a zona rural proporciona. Mas é carnaval, e desde ontem, oficialmente, milhões de brasileiros saem às ruas, a fim de extravasar a sua natural e original alegria, nesta que é a maior festa popular do planeta.

Quanto à bola... Ah!!! A bola, ela que é motivo, início e fim do mais preferido e tradicional esporte neste país e no mundo, até mesmo a bola fica em segundo plano no carnaval.

• Após o treinamento na última quinta-feira, os jogadores do Cruzeiro foram liberados pela comissão técnica para o que foi chamado de “descanso responsável” neste carnaval, já que o time só volta a campo na quinta-feira que vem, para enfrentar a Caldense, no Mineirão. Os jogadores receberam uma cartilha com as recomendações gerais e individuais, sobre repouso e alimentação durante este período, em que poderão curtir a família e os amigos.

• É bem verdade que, hoje, a maioria dos jogadores de futebol, sobretudo nos grandes clubes, como é o caso do Cruzeiro, é responsável e tem muita gente, entre familiares e empresários, para aconselhar e não permitir abusos que prejudicariam as suas carreiras. Mas não há como impedir uns e outros de acabar tomando todas, ir no rumo indesejado, exagerar ou perder preciosas noites de sono.

• Em todo grupo de pessoas - e no futebol não é diferente - existe uma diversidade de comportamentos, pois nem todos os olhos são verde-claro. Há relatos de equipes vitoriosas e campeãs, onde houve casos de indisciplina de jogadores abafados pelas diretorias, pois os resultados dentro de campo eram favoráveis. Pelos que obtiveram até agora, os jogadores do Cruzeiro estão em alta com todo mundo, principalmente a China Azul, e por vários motivos: é o vice-líder do Mineiro, primeiro colocado no Grupo C da Primeira Liga e está classificado para a terceira fase da Copa do Brasil.

• A saída de Patric, que agora vai defender o Vitória da Bahia, passou despercebida para muitos atleticanos, menos para uma minoria que fez questão de registrar nas redes sociais o seu contentamento. Muito limitado tecnicamente, mas bastante esforçado, o jogador foi o “coringa” dos últimos treinadores atleticanos, que só faltaram escalá-lo no gol. Patric poderá ser útil ao Vitória, um time mediano que não aspira a grandes conquistas. Ou então, o técnico Roger apenas enxergou o que Nelson Rodrigues chamava de “óbvio e ululante”. (Fecha o pano!)
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