11 de fevereiro, de 2017 | 15:02

Mais de 110 mil pessoas já vacinadas contra a febre amarela em Ipatinga

As salas de vacinação continuam abertas nas Unidades Básicas de Saúde, de segunda a sexta-feira, a partir das 8h

Novos resultados positivos de febre amarela em primatas não humanos (macacos), confirmados na quinta-feira, 9, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Geris (SES/MG) em alguns municípios, servem de alerta à população ainda não vacinada, para que continue a procurar os postos credenciados a fim de se imunizar contra a doença.

Em Ipatinga, no que se refere aos casos de epizootias (macacos encontrados mortos), a Secretaria Municipal de Saúde ainda aguarda do estado o resultado da ‘causa mortis’ de três primatas cujas carcaças foram encontradas nos bairros Bom Retiro e Bethânia. Já as salas de vacinação continuam abertas nas Unidades Básicas de Saúde, de segunda a sexta-feira, a partir das 8h. O município já recebeu 160.530 doses de vacina contra a febre amarela. No entanto, o número de pessoas vacinadas é de 110.260.

Alerta
Embora até o momento a febre amarela no estado seja do tipo silvestre, o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya – é capaz de agir como vetor dessa doença também, levando o vírus de humanos para humanos em ambientes urbanos. Apesar de não haver, no país, nenhum caso de febre amarela transmitida pelo Aedes desde 1942, o crescimento da doença num momento em que o estado está infestado por esse mosquito preocupa.

Segundo o gerente do Centro de Controle de Zoonoses do município, Fernando Anacleto, o momento é oportuno para a procriação do mosquito devido à intensificação do período chuvoso. “Precisamos trabalhar de forma preventiva: eliminar de dentro de casa os possíveis criadouros desse vetor, e cada cidadão deve se vacinar contra a doença”, alertou.

Primatas
A Secretaria de Estado de Saúde destaca que os macacos não transmitem a febre amarela para o homem, e são indicadores importantes para a vigilância contra a doença. Por adoecerem primeiro, os primatas dão às autoridades informações valiosas sobre a circulação do vírus. O achado de macacos mortos serve de alerta para que os órgãos de saúde pública iniciem campanhas de vacinação. Portanto, os primatas são importantes sentinelas e não devem ser mortos, alerta a SES/MG.

No caso de encontrar um macaco doente ou morto, o cidadão deve acionar o Centro de Controle de Zoonoses do município, pelo telefone 3829-8383. O procedimento de coleta do animal morto é específico e deve ser realizado por profissional habilitado.

O laboratório de referência nacional que processa as amostras de macacos no estado de Minas Gerais é o Instituto Evandro Chagas, do Pará. Não há data definida para a liberação de resultados de amostras encaminhadas ao laboratório.