11 de fevereiro, de 2017 | 11:33

Adios, Pratto

Divulgação
A venda do argentino Lucas Pratto ao São Paulo, mesmo por uma grana considerável - cerca de R$ 23 milhões e o alvinegro ainda ficou com 50% dos direitos econômicos do jogador para lucrar numa futura negociação - deixou muitos atleticanos decepcionados com a atual diretoria.

Não lhes tiro a razão. Afinal de contas, torcedor é assim mesmo. Se ele tem um Pratto, quer dois, se tem Messi, quer outro igual, e assim por diante. Mas é preciso lembrar algumas coisas, entre elas que o argentino já está com 28 anos e, embora seja um ótimo atacante, já rodou pela Europa antes de desembarcar na Cidade do Galo, portanto, seu mercado hoje é limitado à China, para onde não quis ir porque almeja disputar a próxima Copa do Mundo pela seleção de seu país.

O erro nisso tudo, se é que podemos chamar assim, foi a diretoria ter contratado Fred, com salário perto de R$1 milhão por mês, que até faz muitos gols, mas a meu juízo, joga menos do que Pratto. Pelo salário que ganha, fama e coisa e tal, Fred tem que ser titular. E quando o trouxe do Fluminense, a diretoria já pensava em vender Lucas Pratto. Além disso, já ficou provado, desde o ano passado, que os dois não podem jogar juntos, pois quando isso acontecia, a equipe ficava fragilizada na marcação.

Quanto a reforçar um concorrente direto no Brasileiro, no caso, o São Paulo, acho mais uma dessas bobagens ao vento, pois o que é uma realidade no futebol hoje pode não ser nada amanhã. A diretoria do Galo precisa honrar os compromissos assumidos com funcionários, jogadores e fornecedores, então, a venda de Lucas Pratto foi inevitável.
Vida que segue! Tomara que Pratto seja feliz no novo clube e também com a camisa da seleção da Argentina.

A estreia de Elias contra a garotada do Joinville, na última quinta-feira, foi apenas discreta. Normal para quem não vinha sendo titular no ex-clube e vai precisar de um tempo maior para ganhar ritmo de jogo. Bom mesmo foi o retorno de Leonardo Silva, fazendo uma excelente partida, e Rafael Carioca também recuperando o futebol que o levou à seleção. Mas o grande nome, sem dúvida alguma, foi o venezuelano Otero, autor de outro belíssimo gol, e desta vez cobrando falta, uma de suas especialidades.

Ramon Ábila, que é reserva no Cruzeiro, foi novamente o destaque, desta vez na vitória sobre a meninada da Chapecoense pela Primeira Liga. Ele fez quatro gols, dois de pênalti, dois em impedimento, nos últimos dois gols feitos contra Tricordiano e o time B da Chape. Por tudo isso é que o técnico Mano Menezes está certo em não se empolgar tanto com o artilheiro argentino, mesmo ele sendo o preferido da torcida, mantendo Rafael Sóbis de titular no ataque celeste.

O Botafogo foi um dos destaques da semana passada na Pré-Libertadores, ao se classificar à próxima fase com o empate de 1 a 1 com o chileno Colo Colo, fazendo lembrar os bons tempos quando tinha craques de sobra, mas, sobretudo, tinha raça, entrega e o espírito coletivo. No mais, a façanha importante do técnico Jair Ventura, filho de Jairzinho, o “furacão” da Copa de 70. Ventura conseguiu, com um material humano de qualidade um tanto duvidosa, transformar o Botafogo em um time realmente competitivo.

A Copa Libertadores é o retrato fiel do futebol no continente. E o time argentino Atlético de Tucumán também foi destaque na rodada passada da Pré-Libertadores, ao protagonizar uma façanha espetacular, não fosse também cômica. Por falta de transporte, já que o avião fretado por eles não recebeu autorização para voar até Quito, capital do Equador, a equipe chegou com atraso de mais de uma hora e meia ao estádio onde jogaria contra o Millonarios. E só com onze jogadores, além do uniforme emprestado da seleção sub-20 da Argentina. E mesmo assim, venceu o jogo por 1 a 0 e se classificou. Várzea total!

Outro vexame foi o que os chilenos deram com o Botafogo em Santiago, o que demonstra que lá como cá tem provincianismo de sobra. Ônibus apedrejado, cheiro de tinta no vestiário, malandragens no tratamento do gramado, objetos lançados contra jogadores no campo, banco de reservas e agressões aos torcedores botafoguenses presentes no estádio. Várias pessoas ficaram feridas. Jamais veremos casos assim na Premier Liga, Bundesliga ou em qualquer país civilizado.

A desorganização começa aqui mesmo. Nesta temporada, os principais clubes vão disputar até oito competições e jogar mais de 90 vezes. Com isso tivemos vários acontecimentos mais do que inusitados e, ao mesmo tempo, mais ilustrativos desse tumulto que virou o nosso calendário. Foi criado agora o treinador “reserva”. Isso mesmo. Grêmio, Joinville, Chapecoense e Cruzeiro (por conta de mais uma punição de Mano Menezes) foram alguns dos clubes que usaram o técnico reserva nos jogos deste meio de semana. Nossos cartolas são verdadeiros prodígios em matéria de trapalhadas. (Fecha o pano!)
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