10 de fevereiro, de 2017 | 06:02
Forças Armadas passam a atender chamadas pelo 190
Reunião de negociação acaba sem acordo e governo anuncia reestruturação da Polícia Militar no ES
As Forças Armadas passaram a atender as chamadas de emergência da Polícia Militar no Espírito Santo (Ciodes-190). Essa é uma das atribuições delas após a publicação, do decreto do governo do Espírito Santo, que formalizou a Garantia de Lei de Ordem (GLO) no Estado, ou seja, a presença do Exército, Marinha, Força Aérea e demais tropas federais para conter a crise de segurança pública com a greve da Polícia Militar (o governo classifica a greve como motim).Segundo o assessor de comunicação do 38º Batalhão de Infantaria (BI) do Exército, capitão Kirchmaier, as chamadas são recebidas pelas Forças Armadas, que ficam responsáveis por atender às ocorrências e chamados da população.
O subsecretário de Gestão da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Vinícius Teixeira, explicou que, mesmo com o decreto que diz que o controle operacional dos órgãos de Segurança Pública foi transferido para o General de Briga da Adilson Carlos Katibe, comandante da Força-Tarefa Conjunta Capixaba, o responsável por comandar os rumos da segurança é o secretário André Garcia.
Não se trata de uma intervenção federal. É uma formalização da chegada das Forças Armadas no Estado, que têm previsão de ficar no Espírito Santo até o próximo dia 16 (a permanência pode ser estendida). O general terá uma função de comandar as ações das tropas federais. Isso ocorre pelo esgotamento dos órgãos públicos do Estado”, explicou Teixeira.
Subordinação
A medida foi tomada, segundo Teixeira, para não deixar que as Forças Armadas ficassem subordinadas ao estado capixaba,o que fere a Constituição Federal, e para que não houvesse interesses conflitantes na gestão da operação no Espírito Santo.
Reunião terminou sem consenso e greve na PM continua
Uma reunião que terminou 1h15 da madrugada desta sexta-feira, entre negociadoras da Polícia Militar e o governo do Estado do Espirito Santo não chegou a um acordo e a greve vai continuar, avisaram as grevistas, mulheres dos policiais militares capixabas. A reunião tinha sido iniciada às 14h30 de quinta-feira.
Depois de mais de 11 horas de discussao, representantes dos policiais militares deixaram a reunião com membros do governo aos gritos de não tem acordo” e a greve continua”. Um policial militar gritou aquartelamento”.
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na Globo News, o governador Paulo Hartung declarou que será feita uma reestruturação profunda” da Polícia Militar do Espírito Santo. A entrevista foi ao ar ao mesmo tempo em que ocorria a negociação com representantes de PMs no Palácio da Fonte Grande, no Centro da cidade.
O governador citou também informações de que a manifestação dos policiais militares estava programada para o Carnaval, mas teria sido antecipada em virtude de sua ida para São Paulo no último fim de semana, para tratar problemas de saúde.
Mais um dia sem ônibus
O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários) anunciou que os ônibus não vão circular nesta sexta (10).
Na manhã desta quinta-feira (9), alguns ônibus chegaram a circular na Grande Vitória, mas foram recolhidos para as garagens depois que dois motoristas foram ameaçados por um homem armado, em Laranjeiras, em Serra, cidade da Grande Vitória.
Os rodoviários afirmam que, diferentemente do que foi anunciado em reunião com a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), não havia agentes do Exército nos terminais na manhã desta quinta.
Estamos em meio a uma situação crítica. Estamos sem segurança para trabalhar. Dois motoristas tiveram uma arma colocada no rosto. Diante disso, a categoria decidiu que os ônibus só vão sair quando o policiamento voltar às ruas”, afirmou o presidente do Sindirodoviários, Edson Bastos. (Com informações do jornal A Tribuna, Governo do Espírito Santo)
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Sebastião
10 de fevereiro, 2017 | 07:42Quando vai entrar no trabalho militar, o mendigo aceita qualquer salário.
Depois, passa a exigir o que não tem direito; muitos nem ler sabem.
Basta convocar concurso, empregar quem quer trabalhar, e exonerar os
sem ética.”