08 de fevereiro, de 2017 | 14:26
Policiais civis do Espírito Santo decidem paralisar as atividades
Depois da morte de um policial civil em Colatina, categoria optou por paralisação de protesto
Em assembleia realizada nesta quarta-feira (8) em Vitória, os policiais civis do Espírito Santo decidiram paralisar os trabalhos em protesto pela morte de Mário Marcelo Albuquerque, policial civil em Colatina, no interior do estado, na noite de terça (7).Segundo o diretor do Sindicato dos Investigadores, Junior Fialho, a categoria ficará de braços cruzados até a meia-noite, a princípio. Apenas casos flagrantes serão atendidos. Após a reunião, os policiais civis fizeram uma caminhada até o quartel onde familiares impedem PMs de sair para as ruas. Com palavras de ordem como "hoje a polícia do ES é uma só", os agentes chegaram aplaudindo a paralisação.
"Nós vamos parar hoje em protesto pela morte do Marcelo e pelo descaso do governo com a Polícia Civil. Temos várias pautas, a reposição salarial e de efetivo, principalmente, mas, hoje, paramos pelo Marcelo", afirma o diretor do sindicato.
Na terça, o policial Mário Marcelo tentou evitar um roubo de motocicleta e morreu durante troca de tiros. Este é o primeiro policial morto desde que se instalou uma onda de insegurança no Estado, com a paralisação das atividades da Polícia Militar, no último sábado (4).
Segundo informações do sindicato, Albuquerque estava a trabalho na região de Colatina para fazer diligências da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Vitória.
No fim de semana, a Polícia Civil já havia orientado os policiais, em comunicado, para que não atuassem no patrulhamento que deveria ser feito pela PM e que não colocassem as vidas em risco.
O governo capixaba informou que a Sesed (Secretaria de Segurança e Defesa Social) iria se pronunciar.
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