06 de fevereiro, de 2017 | 17:42

Hora de testes

Os treinadores Roger Machado (Galo) e Mano Menezes (Cruzeiro) estão agindo corretamente ao fazer deste estadual um laboratório, a fim de testar esquemas, jogadores, enfim, visando mais adiante a disputa das principais competições na temporada.

No Galo, sem dúvida, o alvo principal, além de acabar com o jejum de 46 anos sem ganhar o Campeonato Brasileiro, é também o bi da Libertadores, sonhos de consumo da sua fanática torcida.

Já o Cruzeiro está de olho no penta do Brasileiro e também na Copa Sul-Americana, que vai disputar pela primeira vez e se tornou valorizada depois que o campeão ganhou vaga na Libertadores do próximo ano.

Não passa pela cabeça de nenhum cruzeirense a repetição das campanhas pífias registradas nos últimos dois anos, onde o clube, acostumado a ganhar títulos, foi apenas coadjuvante, dando vergonha e sustos e brigando somente contra o rebaixamento.

A fase de testes teve um capítulo, anteontem, contra o Tricordiano, no Mineirão, com um Cruzeiro em campo bastante modificado, novo esquema tático e chances para vários jogadores mostrarem serviço ao treinador.
Mesmo diante da fragilidade do adversário, o time só venceu de 2 a 1, com o gol da vitória marcado por Ábila no finalzinho, o único dos novos titulares que mereceu destaque.

No sábado, quem foi ao Estádio Soares Azevedo, em Muriaé, para ver a dupla Fred-Pratto, deparou com uma grata surpresa, a grande apresentação do fabricianense Danilo, autor de dois gols e belas jogadas, na vitória de 3 a 0 do Atlético sobre o Tombense.

Danilo é polivalente desde os tempos de América, joga de lateral e no meio-campo como volante avançado, merecendo elogios do técnico Roger por sua atuação, num momento em que o time está carente de jogadores para a posição. É preciso ressaltar que o Tombense não ofereceu resistência, mas a vitória alvinegra, na melhor exibição da equipe até agora na temporada, foi incontestável.

Eu só acho que a dupla Fred/Pratto poderia ter ficado mais tempo em campo, e também que já passa da hora de Leonardo Silva retornar à titularidade, pois não é nenhum menino e precisa de mais tempo para recuperar o ritmo de jogo, após vários meses afastado por contusão.

A diretoria do Atlético tem errado muito ao contratar atacantes em excesso, quando deveria ter buscado um zagueiro “top” para o lugar de Léo Silva, que aos 38 anos já não pode ser tão exigido. Mas se não tem tu, vai tu mesmo, e ele é muito melhor do que este Felipe Santana, um autêntico trapalhão.

Por causa da idade, Léo Silva não pode ficar no mano a mano com atacantes jovens e velozes, pois não vai conseguir chegar primeiro que eles e será batido com facilidade. E o Galo vai continuar levando gols em todos os jogos, como aconteceu com Aguirre e Marcelo Oliveira no comando.

Um dos recém-contratados, de quem a torcida do Cruzeiro mais espera, é o zagueiro equatoriano Luís Caicedo, que me pareceu meio perdido em alguns lances contra o Tricordiano. Joga muito mais do que mostrou neste primeiro jogo como titular, mas é preciso dar um desconto, pois chegou agora e está se adaptando ao novo clube, ao futebol brasileiro, período que varia de um para outro “hermano”, uns mais e outros menos. Paciência!

Achei muito interessante e proveitosa uma pesquisa lançada pelo site globoesporte.com, com a seguinte pergunta: “Vale a pena ter esse árbitro que fica atrás do gol”? O site se referia à vitória de 2 a 1 do Botafogo contra o Macaé, no sábado, pelo Carioquinha, onde o tal juiz de linha de fundo, no máximo a um ou dois metros de distância do lance, não enxergou irregularidade no gol da vitória botafoguense, pois a bola havia saído pela linha de fundo antes do cruzamento para o gol de Vinicius Tanque.

Então eu fico aqui pensando com os meus botões, pois a dona CBF anunciou há alguns dias que a Fifa proibiu a utilização dos recursos eletrônicos, previstos para o segundo semestre deste ano, nos moldes propostos pela entidade, e que até agora ninguém sabe quais são. E alegou também que a implantação do sistema, que poderia minimizar estes erros da arbitragem, custaria caro, cerca de R$ 40 milhões, o que não se justifica, pois isso é fichinha perto da grana que entra aos borbotões nos cofres da entidade.

Será que fica mais em conta ter esse tal “arbitro de linha”? Fico sem saber o que faz essa tal figura atrás do gol, também chamado de árbitro adicional, ou árbitro auxiliar, etc, coisa e tal, ou qualquer que seja a denominação para a função desse personagem, ali... olhando, assistindo de forma privilegiada o jogo o tempo todo atrás do gol, mas quando é preciso sua intervenção não vê nada. Fica lá olhando o quê? (Fecha o pano!)