04 de fevereiro, de 2017 | 15:00

Fabricianense viaja pelo Brasil e o mundo no combate à exploração infantil

Durante esses quinze anos, Rony Melo realizou ações em diversas regiões do Brasil e em outros nove países

Fernando Lopes

Arquivo pessoal
Rony mora na China há um ano e dois meses e trabalha como professor de inglês, além de desenvolver projetos sociaisRony mora na China há um ano e dois meses e trabalha como professor de inglês, além de desenvolver projetos sociais
Desde 2002, um morador do Vale do Aço decidiu mudar sua vida e trabalhar em prol de crianças vítimas de exploração. Durante esses quinze anos, Rony Melo realizou ações em diversas regiões do Brasil e em outros nove países. No início dos anos 2000, depois de participar de um curso de voluntariado em uma organização não governamental em Belo Horizonte, ele nunca mais parou. “O curso teve duração de cinco meses. Eu apenas comecei, eu apenas estava disponível para lutar pela causa”, destaca.

A partir desse contato com o trabalho voluntário, Rony aprofundou os estudos nos campos da educação e da psicologia infantil. “Quando comecei a fazer estes estudos, vi que estas crianças tinham uma infância roubada e percebi que eu precisava cuidar delas. Isso me levou a ir a diferentes lugares e ver pessoas ser transformadas”, pontua.

Em suas viagens pelo Brasil, o educador passou por cidades no interior do Amazonas e do Nordeste brasileiro. “Nestes locais me deparei com diversas crianças sofrendo abuso sexual. Vi meninas que estavam grávidas dos próprios pais, tios”, lembra.

Deste modo, Rony, por meio dos trabalhos de educação infantil, desenvolveu projetos de combate à exploração infantil, pedofilia e tráfico humano em nove países de quatro continentes. “Comecei no Brasil e depois fui para Peru, Bolívia, Guiné Bissau, Portugal, Espanha, China e outros países”, conta.

Trabalhos na China
O educador afirma que, nos orfanatos do país asiático, encontrou uma das mais duras realidades já vistas por ele. Rony explica que, por causa da legislação chinesa, crianças de família que já possuem dois filhos e não podem pagar uma taxa ao governo são levadas aos orfanatos públicos. “Trabalhei dois meses como voluntário em um orfanato. Em alguns abrigos para crianças, é proibida a entrada de estrangeiros, pois os meninos passam fome e vivem amarrados”, informa.

Além disso, Rony se diz preocupado com o alto índice de tráfico de órgãos humanos praticado na China. “Muitas crianças são encontradas em situações próximas de ser traficadas. Por isso, meu maior propósito de morar naquele país é abrir um orfanato para acolher e resgatar estas crianças” afirma.

Superação
Depois de conhecer as mais adversas situações de crianças mundo afora, Rony se sente uma pessoa sem dificuldades. “Olho para a minha vida e vejo que não tenho problemas. O que é o meu problema perto de uma garota de 11 anos que está grávida do pai?”, questiona.

Rony destaca que, para fazer o bem, é necessário apenas se mostrar disponível para essa prática. “Isso independe de curso superior ou não, de condição financeira. Onde há disponibilidade, há trabalho. Creio que aprendi o segredo de viver, que é amar as pessoas”, conclui.

Rony divulga seus trabalhos e sua experiência internacional nas redes sociais. Para conhecer um pouco mais dessa atuação, visite o perfil no Facebook, facebook.com/ronymelo e no Instagram, @rony_melo.
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Comentários

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Fer

05 de fevereiro, 2017 | 00:50

“Pessoa que faz a diferença por onde passa, continue assim!!!!!”

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