04 de fevereiro, de 2017 | 09:44
Febre amarela já matou 55 pessoas em Minas
O boletim confirma ainda que, desde o início do ano, 152 pessoas, incluindo os que faleceram, contraíram a doença
Josué Damacena/IOC/Fiocruz
O mosquito Haemagogus leucocelaneaus, exclusivo de matas e ambientes silvestres, é vetor de febre amarela silvestre
O mais recente informe da Secretaria de Estado de Saúde (SES) revela que a febre amarela já matou 55 pessoas em Minas Gerais. A estatística pode aumentar bastante nos próximos dias, pois o governo investiga outras 78 mortes suspeitas. O boletim confirma ainda que, desde o início do ano, 152 pessoas, incluindo os que faleceram, contraíram a doença. O mosquito Haemagogus leucocelaneaus, exclusivo de matas e ambientes silvestres, é vetor de febre amarela silvestre
Os casos notificados chegaram a 843 no boletim divulgado nesta sexta-feira, 54 dos quais descartados, contra os 777 registrados no informe de quinta-feira.
O mapa de casos suspeitos e confirmados da febre amarela e de mortes de macacos um indício da presença da doença inclui agora 66 cidades das regiões do Vale do Mucuri, Leste e Sul de Minas. No início do surto, a lista se restringia a 15 cidades das duas primeiras regiões citadas.
A vacina contra a doença é aplicada em todos os postos de vacinação da rede pública de saúde, para pessoas de 6 meses a 60 anos de idade que moram ou que vão viajar para regiões de risco. A zona próxima ao litoral do Brasil está fora da região de febre amarela. E quem vai viajar deve receber a vacina pelo menos 10 dias antes do embarque.
As pessoas com mais de 60 anos podem receber a vacina, desde que estejam em boas condições de saúde. Isso porque a vacina tem efeitos colaterais que podem ser prejudiciais aos idosos. Por isso, o benefício da vacina deve ser maior do que o risco dos efeitos colaterais. Aconselha-se a quem tem mais de 60 anos, tenha dúvidas sobre suas condições de saúde e mora ou vai viajar para região de risco, que se consulte com um médico.
Já em relação aos bebês com menos de 6 meses, estes não devem receber a vacina. Também não podem usar repelentes na pele. Portanto, para sua proteção, recomenda-se o uso de telas, mosquiteiros e repelentes de tomada, desde que o berço fique pelo menos a dois metros de distância do dispositivo.
Quanto às gestantes e as mães ainda amamentando, em princípio, a vacina é contraindicada. Pode haver exceções, mas apenas sob a liberação médica. (Com informações da SES-MG)
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