31 de janeiro, de 2017 | 14:51

O futuro da logística e dos empregos

Silvia L. de Pinho

O que parecia distante e obra de ficção científica vem se materializando nos últimos anos de maneira sorrateira, tomando proporções gigantescas no mercado automotivo. Em breve, viveremos uma realidade em que o veículo a gasolina com motorista será coisa do passado, bem como o transporte de pessoas e mercadorias. O chamado veículo autônomo já existe, e a Google utiliza uma frota própria que transita nas vias públicas e transporta diariamente parte de seus colaboradores na rota casa – trabalho – casa.

Assim, para que estes veículos tomem as ruas e façam parte do nosso cotidiano é apenas questão de tempo. A Google, a Apple e Tesla prometem torná-los mais baratos e acessíveis à população até 2020. Os benefícios do transporte autônomo são vários: aumento na segurança, queda nas mortes, velocidade, menos congestionamentos etc.

Os valores médios de transporte cairão drasticamente, o que representará uma logística mais efetivas e lucrativa, para as empresas de logística e para os clientes e consumidores. Contudo, estamos preparados para esta revolução? Pois, no outro vértice, teremos a morte das montadoras, da máfia do petróleo e de algo mais visceral, os motoristas de caminhão.

Notadamente no Brasil, a maior parte das cargas são transportadas pelas rodovias, empregando milhares de trabalhadores. Com o crescimento da nova tecnologia e a supressão da necessidade de motoristas para as frotas fluírem, como se portarão estes trabalhadores?

Sinceramente não há resposta exata. Mas precisamos evoluir, sem deixar de lado as questões sociais. Não se pode, entretanto, amarrar a tecnologia por não existirem as respostas adequadas no momento. Principalmente no Brasil, o cenário pode se complicar, a exemplo das reações com a chegada do Uber, quando escolheu-se deter a inovação em prol dos “empregos”. Mas não dá para ignorar o papel da inovação, tecnologia e empreendedorismo na prosperidade econômica.

A logística nacional anseia por novidades e transformações, que deve, em breve, ser atingida por esta grande revolução que os veículos autônomos trarão. Resta saber como será recepcionada essa tecnologia.

* Advogada especialista em Direito Societário do escritório A. Augusto Grellert Advogados Associados.
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