DIÁRIO DO AÇO SERVIÇOS 728X90

30 de janeiro, de 2017 | 17:06

Bem devagar

Divulgação
A primeira rodada do Campeonato Mineiro começou bem devagar, com destaque para as quatro vitórias dos visitantes nos seis jogos, o que não é muito normal de acontecer, mesmo considerando que o Cruzeiro foi visitante dentro da própria casa.

Coisas do nosso futebol tupiniquim, o Villa Nova de Nova Lima tem se aproveitado de uma benesse do regulamento, que permite a inversão do mando quando o campo não oferece condições mínimas para as transmissões da TV. Então, sistematicamente, tem jogado contra os “grandes” na capital, e com isso fatura uma grana extra da renda do jogo.

O Galo abriu a rodada no sábado, em casa, com uma vitória magra de 1 x 0 sobre o América-TO, um gol de pênalti bastante duvidoso em cima do artilheiro Fred, que ele mesmo bateu e converteu.

Mesmo depois de rever várias vezes as imagens do lance na TV, não estou convencido se a marcação do pênalti foi correta ou não, mas é fato que o árbitro na dúvida decidiu a favor do clube grande da capital. É sempre assim aqui, ali e acolá. No Brasileiro, Atlético, Cruzeiro e os demais clubes fora do eixo Rio/SP são as vítimas, mas nos estaduais se tornam beneficiários dos erros das arbitragens, com raras exceções.

No domingo, em jogo morno, Cruzeiro 2 x 1 Villa Nova, com um domínio absoluto do time celeste no primeiro tempo, cerca de 80% de posse de bola, mas sem objetividade no ataque.

Na segunda etapa o Villa Nova até se soltou um pouco mais, mas o Cruzeiro ampliou a vantagem para 2 a 0, com um golaço de Robinho cobrando falta da entrada da área. A partir daí, achou que o jogo estava definido e relaxou, permitiu ao Leão diminuir, numa falha grotesca da dupla de zaga Manoel/Léo.

O time se descontrolou e só não tomou o empate por conta da incompetência dos atacantes do Leão e graças à sorte do goleiro Rafael, que em alguns lances ficou parado e tirando a bola da sua rede com os olhos.

No fechamento da rodada, em Governador Valadares, o América teve tranquilidade para suportar a pressão do Democrata no começo, fazendo 2 x 0 no segundo tempo até com facilidade, assumindo assim a liderança isolada e temporária da competição, pelo saldo de gols.

Vale ressaltar que este foi apenas o começo, portanto, não dá para se prever nada ainda quanto à classificação para a fase decisiva ou rebaixamento, o que só será possível a partir da quinta ou sexta rodada.

Vencer os jogos em casa e somar pontos fora é fundamental, em um campeonato de tiro curto como esse nosso estadual, onde são necessários apenas 8 ou 10 pontos para ficar livre do rebaixamento. Por isso, saem na frente o Uberlândia, que derrotou o Tricordiano dirigido pelo ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, em Muriaé, por 1 a 0; além do Tombense, que foi jogar em Juiz de Fora e surpreendeu o Tupi, vencendo também por 1 a 0.

Agora as atenções se voltam para o clássico Cruzeiro x Atlético, amanhã, no Mineirão, valendo pela Primeira Liga. Claro que, por se tratar de início da temporada, não se pode esperar das duas equipes um espetáculo de grande qualidade técnica, mas com certeza haverá muito empenho dos jogadores, principalmente porque, depois de quatro anos, o Mineirão será dividido ao meio, com a presença das duas torcidas. Que nada de anormal aconteça dentro e fora do campo.

Já se pode dizer que a temporada 2017 começou para valer, com o início da primeira fase da Copa Libertadores 2017, Primeira Liga, Copa Nordeste e os Estaduais pelo país afora. Fica uma grande interrogação, coisa que já se tornou assunto recorrente nesta coluna, a respeito das contratações dos chamados “reforços”, pois a grande maioria deles são jogadores com idade acima dos 30 anos, quando já começam a descida da ladeira. Criar expectativa e exigir que resolvam todos os problemas técnicos das equipes é enganar os torcedores.

Basta uma olhada rápida na lista que fizemos de alguns dos tais “reforços”, para ver que o panorama é bastante sombrio: Conca (Flamengo), Guerra e Felipe Melo (Palmeiras), Thiago Neves (Cruzeiro), Elias (Atlético), Cícero (do Fluminense para o São Paulo), Léo Moura (Grêmio); Escudero, Wagner e Muriqui (Vasco, que ainda está repatriando Luís Fabiano, de 36 anos); Dátolo (Vitória); Somália (América-TO); Graffite e Jonathan (Atlético-PR); Loco Abreu (Bangu); Rodrigo Souto (Resende-RJ); Morais (ex-Corinthians e Galo, que foi parar no São Bento) e Marcelinho Paraíba (Treze de Campina Grande-PB).

Para fechar, aos 42 anos, Zé Roberto é titular e destaque do Palmeiras, atual campeão brasileiro. Se por um lado a lista desses veteranos é extensa, tornam-se ainda mais assustadores os valores altíssimos investidos pelos clubes nas contratações. Por outro lado, não existe fartura de revelações, que se resumem a um ou outro gato pingado, como o lateral Jorge, de 19 anos, negociado por quase R$ 30 milhões com o Mônaco, da França. (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Mak Solutions Mak 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário


Mais Lidas