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28 de janeiro, de 2017 | 09:51

A humanização dos tratamentos médicos com o uso de aplicativos

Gustavo Perez

O smartphone é, atualmente, o principal canal de acesso à Internet e às informações gerais para o brasileiro. São mais de 168 milhões de aparelhos ativos no país, sendo que, daqui a dois anos, esse número deve chegar a 236 milhões. Os dados são da 27ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), e evidenciam a importância que o celular representa na vida das pessoas.

É impossível imaginar a nossa rotina sem a companhia desses dispositivos, que nos auxiliam, por exemplo, com a melhor rota para voltar para casa e até com um simples lembrete para não nos esquecer de tomar uma medicação. É nesse último ponto que acredito que eles demonstrem uma das utilidades mais essenciais. Uma pesquisa da consultoria britânica Cello Health Insight mostra, entre outros dados interessantes, que 87% dos médicos no país usam o WhatsApp para conversar com seus pacientes.

Existe uma gama enorme de aplicativos ligados à área da medicina e saúde, que abrangem desde recomendações relacionadas à prática de esportes até o monitoramento e controle das mais diversas patologias. Alguns apps permitem acesso e compartilhamento de prescrições e resultados de exames – inclusive de todo o histórico –, além de organizar prontuários, apoiar no processo de admissão dos pacientes, monitorar e otimizar tratamentos, agendar exames e consultas, entre outras funções. Em um sistema complexo e burocrático como o das instituições de saúde, a melhoria dos processos relacionados ao atendimento de médicos e pacientes é bastante vantajosa.

É inegável que os aplicativos têm mudado a maneira como os médicos se relacionam com todo o ecossistema de trabalho, impactando positivamente seus processos, rotinas, equipamentos e, especialmente, pessoas. Em uma medicina centrada cada vez mais no paciente, os profissionais de saúde nunca estiveram tão próximos de quem atendem como hoje, e esse sentimento de presença constante tem o poder de humanizar até o mais complicado tratamento. E mais, essa revolução digital na saúde está apenas começando. O desenvolvimento da tecnologia dos dispositivos vestíveis ampliará o leque de possibilidades. Em um futuro não muito distante, certamente haverá, por exemplo, sensores ligados aos pacientes que trarão inúmeras informações importantes para os médicos. Tudo em tempo real.

No entanto, antes de começar a baixar aplicativos, é importante ressaltar que a premissa original da relação entre o médico e o paciente não deve ser eliminada. Usados de modo isolado, sem acompanhamento profissional, os apps podem até causar algum problema (se a pessoa se automedicar ou até se autodiagnosticar, por exemplo). É preciso observar também quem está por trás de seu desenvolvimento, buscar as referências e fazer o download apenas dos que são baseados em estudos comprovados ou desenvolvidos por instituições confiáveis. Assim, esses recursos podem ser os melhores aliados de profissionais da saúde e pacientes.

* Diretor Executivo da MTM Tecnologia
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