CADERNO IPATINGA 2024

12 de janeiro, de 2017 | 15:51

A democratização do ensino básico

Ana Regina Caminha Braga

Um ensino básico de qualidade é direito das crianças e adolescentes – todas elas -, e está assegurado tanto pela Constituição quanto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Por isso, as diretrizes curriculares do ensino básico sofreram algumas mudanças. Mas como realizar tais modificações, pensando no papel e responsabilidade do professor dentro do espaço escolar?

O ambiente escolar recebe alunos de diversas culturas, relações familiares e com especificidades de sua região. E toda essa diversidade deve ser respeitada em sala de aula. Para lidar e atender esta complexidade é necessário que as instituições, por meio de seus docentes e equipe pedagógica, estruturem um currículo que tenha condições de atender a esta diversidade de maneira significativa, tanto para o professor quanto para os alunos, pois a realização deve acontecer para ambos os lados.

Esse desenvolver implica no planejamento do professor e na atuação do aluno em sala, já que ambos têm sua própria subjetividade, que influencia nessa organização. Por isso é tão importante que o professor planeje suas aulas e, assim, possa compreender e refletir com o aluno seus valores, potencialidades, dificuldades, história de vida e aprendizagens prévias.

Hoje a educação pensa no aluno, que estabelece sua conexão com o aprender desde a vida uterina. Mas isso não basta, é importante levar em conta todas as estruturas cognitivas, afetivas e sociais do professor, para que, assim, ele tenha a oportunidade de dedicar um tempo às pesquisas, estudos e trocas de experiências direcionadas, dentro dos momentos de permanência na escola ou na universidade.

Essa democratização do currículo acaba permitindo que tanto as escolas quanto os professores se organizem em uma variedade de representações, além de se ajustar aos mais diversos interesses e visões de mundo. A organização do currículo deve acontecer independente da condição social, cognitiva ou geográfica em que estão professores, alunos e sociedade. Os professores devem colocar os alunos no centro do diálogo, mas sem assumir uma postura duvidosa da prática pedagógica.

*Ana Regina Caminha Braga ([email protected]) é escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário