07 de janeiro, de 2017 | 02:02
Atirador de Fort Lauderdale passava por tratamento psicológico depois de voltar da guerra
Irmão de Esteban Santiago informou que o jovem passou um ano em combate no Iraque
O irmão do atirador preso na sexta-feira, depois de matar cinco pessoas e ferir outras oito no Aeroporto Internacional Fort Lauderdale-Hollywood, afirmou à imprensa que Esteban Santiago, autor do crime, passou por tratamento psicológico após ter regressado da guerra no Iraque. Bryan Santiago, que vive em Porto Rico, disse não saber exatamente qual era o diagnóstico do irmão.
Testemunhas contaram que homem abriu uma mala, sacou a arma e começou a atirar. Ele não fez nenhuma reivindicação ou fez qualquer afirmação. Autoridades esclareceram que ele simplesmente se entregou sem resistência para ser levado preso.
Esteban foi enviado ao Oriente Médio em 2010 e passou um ano no país, combatendo no 130.º Batalhão de Engenharia. Ele passou pelo treinamento militar em Porto Rico, onde foi viver com a família ainda aos 2 anos de idade.
Esteban foi enviado ao Oriente Médio em 2010 e passou um ano no país, no 130.º Batalhão de Engenharia do Exército dos EUA
Nascido em New Jersey, Esteban voltou aos EUA após a guerra e vivia no Alasca, onde foi submetido ao tratamento. Segundo Bryan, o atirador nunca comentou o tratamento nas conversas por telefone, mas sua namorada decidiu alertar à família a respeito.
Medo
O aeroporto de Fort Lauderdale registrou na sexta-feira dois momentos de terror. Durante o ataque de Esteban e, mais de uma hora depois, quando um alarme falso sobre um novo ataque a tiros circulou pelo Terminal 1. Passageiros chegaram a invadir as pistas, em pânico, na tentativa de escapar dos tiros por entre os aviões.
O segundo incidente começou quando agentes correram para a área de estacionamento do aeroporto. Um segurança gritou deitado” para uma pessoa, enquanto outro alertou à multidão que se aglomerava no setor de embarque que se afastasse.
Imagens de TV mostraram centenas de pessoas à beira da estrada a leste do aeroporto caminhando com as mãos sobre as cabeças para mostrar que não portavam armas.
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